Ângela Dalben precariza atendimento das crianças em tempo integral desrespeitando professoras e Comunidade Escolar

O Sind-REDE já encaminhou o Ofício 163/22 à Prefeitura para entender a situação das turmas integrais, mas segue sem resposta por parte do executivo.

O governo municipal fez um ataque à qualidade do atendimento em tempo integral das EMEIs. Ao acabar com a lotação de uma professora no turno intermediário, que era responsável pela cobertura do repouso (11h30 às 13h). O que ele fez com isso foi empurrar essa responsabilidade para os apoio ao educando ou alguém da gestão para atuar e cobrir esse horário.

Agora a SMED vem obrigando as professoras, em especial do turno da tarde, saírem mais tarde ou chegarem mais cedo, o que desrespeita o turno escolhido pela servidora ou servidor no momento da lotação. Essa política impacta na vida desses profissionais, dificultando que eles possam ter um segundo cargo em outra rede ou até mesmo que dobrem o horário.

O “jeitinho” SMED de resolver problemas

Esses “jeitinhos” promovidos pelas escolas, a mando da SMED, dificultam o trabalho e, consequentemente, afetam a qualidade do atendimento das turmas integrais.

A Prefeitura abandonou as escolas com o discurso da autonomia deixando que cada uma faça uma organização diferente, com horários e tempo de atendimento diferentes. Com isso, gera um desgaste tanto para as trabalhadoras quanto para as famílias que, em algumas vezes, têm filhos em mais de uma escola.

Sabemos da demanda das famílias e da necessidade da ampliação das turmas integrais, para que possa atender 100% dos estudantes interessados, mas defendemos e reafirmamos que essa ampliação deve acontecer de forma adequada e nas EMEIs.

A atual gestão Kalil/Fuad argumenta que a ampliação de conveniamento se deu para atender a universalização da Educação Infantil prevista pelo Programa Mais Educação (PME) de 2014. Porém, não houve nenhuma iniciativa de construção de EMEI e o concurso público para professoras atrasou, gerando uma falta de profissionais absurda na rede.

O Sind-REDE/BH acionou o Ministério Público quanto a esses problemas gerados pela SMED por falta de um planejamento adequado para a oferta de turmas integrais.

O sindicato também já encaminhou o ofício 163/22 à Prefeitura para entender a situação das turmas integrais, mas segue sem resposta por parte do executivo.

#intermediáriosemprofessoranão