Trabalhadores e movimentos sociais vão às ruas em ato classista e independente no 1º de maio

Ato em defesa dos direitos sociais reivindicou revogação das reformas e privatizações do governo Bolsonaro

Ocupação do Obelisco da Praça Sete, ao final do Ato Classista e Independente do Primeiro de Maio.

No dia internacional de luta dos trabalhadores e trabalhadoras, milhares de pessoas saíram às ruas em diversas cidades do Brasil em defesas dos direitos sociais da classe trabalhadora. Em Belo Horizonte, o ato unificado classista e independente aconteceu a partir das 10h da manhã na Praça Sete, coração de Belo Horizonte e foi convocado pelas centrais sindicais CSP-Conlutas e Intersindical, coletivos sindicais independentes, movimentos populares e estudantis e partidos de esquerda. O protesto unificado se encerrou por volta das 13h, com a ocupação simbólica do obelisco, no centro da Praça.

Os manifestantes denunciaram o desemprego, a fome, a inflação, a precarização do trabalho. O púlpito da Praça Sete serviu de palco para que lideranças sindicais e políticas discursassem em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras. Diversas pautas unificaram o ato, que fez questão de ressaltar a necessidade da construção de um primeiro de maio independente de qualquer governo e dos patrões, criticando iniciativas como o ato realizado em São Paulo, que convidou inimigos da classe trabalhadora como o governador bolsonarista Tarcísio de Freitas (PL).

Entre as pautas que compuseram o programa do ato estavam a reversão das reformas trabalhista e previdenciária, fim da lei das terceirizações, reversão das privatizações do governo Bolsonaro, com destaque para a privatização do metrô de Belo Horizonte, defesa do piso salarial da educação e da enfermagem, fim da Lei do Teto de Gastos e pela não aprovação de novas leis que limitem os gastos públicos como o novo arcabouço fiscal, defesa de uma reforma tributária que taxe os super ricos e revogue o pagamento da dívida pública, despejo zero e defesa das moradias populares, contra o aumento das passagens de ônibus em Belo Horizonte, contra toda forma de exploração e opressão, como o projeto transfóbico aprovado pela CMBH que proíbe a linguagem neutra nas escolas, a defesa do meio ambiente, com destaque a luta contra a construção do Rodoanel que afetará centenas de famílias, a defesa das águas de Minas Gerais e do tombamento da Serra do Curral, além da luta contra a extrema direita, sem anistia para os golpistas e financiadores do golpe.

O ato foi marcado por uma série de exigências ao novo governo federal, reconhecendo a importância da derrota de Bolsonaro nas urnas e a esperança gerada pelos trabalhadores neste fato, mas demarcando a necessidade de não depositar suas fichas na política de conciliação de classes do novo governo. A todo o momento, os manifestantes ressaltaram a importância da independente de classe e de confiar no poder de suas próprias mobilizações para conseguir vitórias. O ato foi também um aquecimento para as próximas mobilizações populares que devem ocorrer nos próximos meses em defesa dos direitos sociais da classe trabalhadora.

Transmissão ao vivo

O ato foi transmitido ao vivo pelo Instagram do Sind-REDE/BH, confira o vídeo completo no botão abaixo.