Zema se recusa a pagar o Piso para os trabalhadores em educação, mas propõe reajuste de quase 300% para ele e secretários

O salário do governador saltaria de R$10.500 para quase R$42 mil, do vice-governador passaria de R$10.250 mil para mais de R$37 mil e do secretariado de R$10 mil ficaria próximo de 35 mil

O governador Romeu Zema apresentou para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o Projeto de Lei 415/2023 que prevê reajuste salarial para ele, o vice-governador e os secretários de Estado. Os reajustes chegam a quase 300% que serão distribuídos de forma escalonada até 2025. O PL foi aprovado em primeiro turno, no último dia 04/04 na ALMG, agora segue para aprovação em segundo turno.

Zema justifica o aumento para compensar perdas inflacionárias do período em que não houve reajuste. Porém, nenhum servidor público teve um reajuste dessa natureza e muitas vezes sem levar em consideração as perdas inflacionárias.

O governador paga o pior salário da educação pública estadual do país, o salário de um professor no início da carreira é de R$ 2.350, muito longe do Piso Salarial do Magistério de R$ 4.420,55. Além disso, as auxiliares de serviços da Educação Básica passam por situação ainda pior, já que recebem menos que um salário mínimo.

O salário atual do governador é R$ 10.500 e passaria para R$ 41.845,49, já do vice-governador de R$ 10.250 para R$ 37.660,94 e do secretariado R$ 10.000 para R$ 34.774,64 e o secretariado adjunto R$ 9.000 para R$ 31.297,18. É preciso barrar esse absurdo que sairá dos cofres públicos.