Trabalhadores em Educação realizam carreata em defesa da vida e contra o corte de ponto

Protesto aconteceu hoje (21/05), com concentração às 14h na Praça da Estação, em frente ao CRJ.

Os trabalhadores em Educação da Rede Municipal, em greve sanitária, realizaram uma Carreata pela Vida, em defesa da manutenção do ensino remoto e atendimento às famílias e contra os ataques da Prefeitura aos Grevistas, como o corte ponto, das dobras e excedências.

A carreata aconteceu nesta sexta-feira (21/05), com concentração às 14h na Praça da Estação, em frente ao Centro de Referência da Juventude (CRJ). Após a saída, o protesto passou pela porta da prefeitura (na av. Afonso Pena), onde fez uma primeira parada, utilizando o carro de som para reivindicar o fechamento das escolas de educação infantil até que se tenha segurança para o retorno e denunciar os mais de 40 casos confirmados de COVID-19, desde a reabertura das escolas, no dia 26/04. Ao final, a carreata foi encerrada na Secretaria Municipal de Educação (SMED), localizada na R. Carangola, 288, no bairro Santo Antônio, onde os trabalhadores reivindicaram negociação e o não corte de ponto dos grevistas.

Os trabalhadores estão em greve sanitária desde o dia 26 de abril, o que fez com que a tragédia não fosse ainda maior, visto que a presença das crianças nas escolas está extremamente baixa. A prefeitura insiste em manter as escolas reabertas, mas sem disponibilizar estrutura física e humana que garantam a segurança dos trabalhadores e crianças.

Os trabalhadores também ponderam o momento para reabertura é inoportuno, pois a pandemia está longe de ser controlada. Há meses a ocupação de leitos de UTI permanece em alerta vermelho, e os índices de contaminação por 100 mil habitantes continuam acima de 400, número 20 vezes maior que o índice de segurança estabelecido pelo próprio comitê de enfretamento à Covid da PBH.

O formato de carreata foi escolhido para evitar qualquer tipo de risco de contágio do novo coronavírus. O Sind-REDE orientou que o uso de máscaras fosse obrigatório para todos, mesmo dentro de seus carros.

Além de sofrerem cortes, os trabalhadores denunciam que estão sendo impedidos pela Secretaria de Educação de manter contato com as famílias, o que prejudica todo o atendimento remoto, já que cerca de 75% das crianças não aderiram ao retorno presencial. Também denunciam que a prefeitura continua a convocar trabalhadores do grupo de risco, que tem tido suas licenças negadas pela perícia médica. “Sem diálogo todos saem perdendo, ameaças não resolvem o grave problema sanitário e social pelo qual estamos passando”, afirma a diretoria do Sind-REDE/BH.