CAMPANHA SALARIAL

Trabalhadores em Educação realizam vigília por negociação na porta da PBH

Protesto cobra uma saída negociada para a Greve e reivindica o cumprimento da Lei do Piso com a preservação da carreira da Educação Municipal

Os trabalhadores em Educação da Rede Municipal se reuniram nesta sexta-feira (18/03), às 9h, na porta da PBH (Av. Afonso Pena, 1212), para realizar uma vigília a fim de pressionar o prefeito Alexandre Kalil (PSD) para uma saída negociada da greve.

Os trabalhadores em Educação consideram a proposta de reajuste da Prefeitura insuficiente por não cumprir a Lei do Piso Nacional da Educação na carreira, com incidência do primeiro ao último nível. Política que fará com que em pouco tempo todos recebam somente o piso, independente do tempo de serviço e escolaridade. E a prefeitura tem verba para garantir essa valorização.

Desde o início da greve, no dia 16/03, a prefeitura se mantém em silêncio e de portas fechadas para negociação com o Sind-REDE/BH e o comando de Greve. O protesto cobra uma contraproposta da prefeitura de forma a preservar a carreira da Educação e pela aplicação do piso em seu nível inicial.

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Uma resposta para “Trabalhadores em Educação realizam vigília por negociação na porta da PBH”

Vera Lúcia de Oliveira disse:

18 de março de 2022 às 15:39

Boa tarde!
Sou aposentada e estou preocupada com os rumos que estão tomando as negociações com a PBH. Participei de algumas assembleias online e considerei a interação muito difícil; isso provoca um distanciamento entre os pares e um controle das pautas pela mesa diretora. Tenho a acrescentar que não consigo perceber como estão ocorrendo as negociações e os elementos que a diretoria está utilizando para essas discussões. Vou fazer algumas pontuações, não de maneira técnica porque não tenho o nosso plano de carreira e salários decorado, contudo devo ressaltar o seguinte:
_ PSPN em 2022 alcançou o valor de R$ 3.845,63, para carga horária de até 40h, ensino médio;
_ O plano de carreira da PBH é de 22;30h e anterior ao PSPN e com raras exceções todos/as com curso superior;
_ É necessário ressaltar sempre que a recomposição do PSPN teve o índice de 33.23%, que deverá ser repassado aos Estados e Municípios; além disso, o município precisa investir direto da sua arrecadação, 25 a 30% na educação.
_ Os municípios não puderem arcar com o PSPN poderá recorrer ao governo federal para complementação;
_ O governo Kallil alegou que utilizou os 70% do recurso FUNDEB em 2021, ainda fazendo complementação com recursos do tesouro e hoje a secretária Ângela Dalben, acompanhada de uma funcionária de carreira da educação(triste como existe 5ª coluna em todos os níveis) prometeu um abono de hum e poucos reais caso seja aceito o índice da prefeitura dividido em duas vezes, agora, com o pagamento da segunda parcela no contracheque de dezembro;
_ Se isso for aceito, o que seria jogar a toalha, os/as aposentados/as com paridade ficarão com um prejuízo monumental;
Acredito que, se ainda não o fizeram, seja necessário que:
_ busque os dados referente ao investimento de 70% dito pelo Kallil, além do investido pelo tesouro (isso preciso ser divulgado insistentemente, até que toda a categoria se convença;
_ Se o Kallil está ofertando abono nesse momento, é porque houve sobra do FUNDEB que provavelmente foi transferido para algum fundo;
_ FUNDAMENTAL que seja divulgado quem faz parte da mesa de negociação, tanto da Comissão eleita do Sindrede, como da comissão da administração;
_ O dados utilizados pela Comissão eleita pela categoria ( não participei, não conheço) precisam ser publicizado à exaustão!
_ que a categoria seja convocada para vigília nos dias de negociação e que esses dias sejam divulgados para a categoria, isso deixará a categoria em alerta. É necessário divulgar as ações do sindicato para não incorrer no julgamento que essa diretoria está se tornando obsoleta;
– necessário desvincular definitivamente do SINDIBEL que serve apenas para “rachar” qualquer negociação, inclusive, porque eles não tem o elemento FUNDEB como pano de fundo;
_ necessário saber os repasses para creches conveniadas que estão trabalhando com professores/as efetivas do quadro da educação, principalmente. O ataque promovido por vereadores ligados à rede particular, reflete esse interesse.
– Finalizando, para além do “lamentamos” , buscar junto ao ILAESE que tem pesquisas mais consistentes, a real situação dos recursos e investimentos da prefeitura, inclusive do FUFIN(não sei é esse o nome do fundo de aposentadoria); mais uma adendo, se o salário dos efetivos cresce, proporcionalmente cresce o desconto previdenciário e por isso não justifica colocar o ônus sobre os aposentados.
_ Última observação: apesar de eu não estar participando ativamente, percebo, não é uma crítica destrutiva, mas um caso a se pensar é que essa diretoria colegiada, parece engessada em suas ações, e, depois de muitos anos essa tem sido a pior experiência do SINDREDE, em termos de eleição para direção do sindicato. Lembrando ainda, o cuidado com a composição com os/as vereadores/as da comissão de educação da Câmara que vai de “menino sem noção bolsonarista” a uma ex-secretária de educação do município que alegava investimento em formação era gasto para o tesouro. Dirigentes sindicais precisam de mais “presença” para conseguir envolver a categoria. E, ainda assim, a categoria está presente, mesmo como esses apontamentos que fiz. É melhor preocupar com carreira e salários do que com eleição de chapas. A derrota da categoria, pode ser a vitória outros que não a prefeitura.
última coisa: Se na página do facebook não tem feedback do que escrevemos é melhor não tê-la. O fato de eu precisar colocar todos os meus dados para me dirigir a essa diretoria, mostra bem os limites da comunicação entre categoria e diretoria. Realmente, são outros tempos! Obrigada se lerem e me responderem ou modificarem as ações!

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