Trabalhadores em Educação do Rio de Janeiro seguem em greve, mesmo com criminalização do movimento

O Sind-REDE/BH se solidariza ao SEPE/RJ e repudia decisão do TJRJ em favor do governo do Rio.

Imagem mostra assembleia dos professores no Rio de Janeiro em uma quadra. Os professores seguram cartazes reivindicando melhores salários.

O Sind-REDE/BH vem a público manifestar toda a sua solidariedade e apoio aos trabalhadores em educação do Estado do Rio de Janeiro e ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEPE-RJ), em greve há mais de 40 dias. Expomos ainda nosso repúdio e indignação com a decisão do Tribunal de Justiça (TJRJ), que concedeu liminar para o governo do Estado, determinando a suspensão da greve sob pena de multa diária de R$ 500 mil reais para o sindicato, mesmo sem qualquer proposta ou sinalização a respeito da continuidade das negociações.

Mesmo com o processo de criminalização em curso, os trabalhadores seguem em greve, estabelecendo diferentes frentes de luta. Além das mobilizações, com vigílias, atos e assembleias, o Sepe/RJ tem atuado juridicamente contra a criminalização, recorrendo da liminar concedida pelo TJRJ, entrando com ações contra o corte de ponto e até realizado visitas ao STF.

Hoje (28/06), acontece uma audiência de conciliação que pode ser decisiva para o movimento. Por isso, os trabalhadores se organizam em vigília em frente ao Tribunal de Justiça, onde acontecerão diversas atividades como Teatro, Jurí Popular e doação de sangue. Uma nova assembleia que determinará os rumos da greve está marcada para amanhã (29/06).

Os trabalhadores reivindicam o pagamento do piso nacional do magistério para os professores, em todas as carreiras, e o piso dos funcionários (merendeiras, serventes, porteiros etc.) referenciado no salário mínimo nacional – para que nenhum funcionário receba menos que o salário mínimo de piso. A categoria também reivindica a preservação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da educação (Lei 1.614/1990).