Se a estratégia para votar a Reforma Administrativa (PEC 32) é vencer os servidores públicos pelo cansaço, o governo Bolsonaro está tremendamente enganado. Desde ontem (05/10), as mobilizações voltaram à Brasília com força, mostrando que o funcionalismo não irá abrir mão de defender os interesses de toda população.
Terça-feira (05/10)
Como já virou costume, os aeroportos da capital federal e das principais cidades do país amanheceram com a animação dos protestos contra a PEC 32. Cada parlamentar que deixava seu estado rumo à Brasília era pressionado a votar contra a proposta criada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que quer o fim do serviço público no Brasil.
Após a recepção dos deputados no aeroporto, ainda na terça-feira, os diretores do Sind-REDE se direcionaram para o Anexo II da Câmara, para realizar uma vigília, com palavras de ordem e muita pressão contra a provação da PEC. Confira o vídeo do diretor do Sind-REDE Daniel Wardil durante o ato.
O plano do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), é realizar a votação após o feriado do dia 12. No entanto, os trabalhadores do setor público sabem que a base aliada de Bolsonaro está com enormes dificuldades para conseguir os 308 votos necessários para a aprovação do texto na casa legislativa.
Com isso, Lira deve utilizar as próximas semanas para trabalhar em seu grande balcão de negócios, ou o famoso: toma lá da cá. Ou seja, o Planalto irá se esforçar para garantir benefícios aos parlamentares que apoiarem a proposta. Por isso é fundamental que a mobilização continue em todo o país.
Quarta-feira (06/10)
A mobilização segue por toda semana. Nesta quarta-feira (06/10), os servidores se concentraram no Espaço do Servidor pela manhã, em frente ao Ministério da Economia. Na parte da tarde farão uma passeata até o anexo II da Câmara, onde deve acontecer uma nova vigília contra a aprovação da PEC 32.
A avaliação dos servidores é otimista, pois as mobilizações tem ganhado volume e tem tido muita agitação. Mas vencer o “toma lá da cá” do governo Bolsonaro não é simples, por isso é importante manter a unidade e a pressão constante, tanto em Brasília, quanto nas bases de cada cidade e nas redes sociais. Derrotar a PEC 32 significa derrotar a política de destruição dos serviços públicos.
Quinta-feira (07/10)
Nesta quinta-feira, os servidores se dirigiram ao Ministério da Economia para protestar contra o ministro Paulo Guedes. O escracho contou com ossos e dólares ensanguentado estampados com o rosto do ministro, que tem lucrado milhões de reais com a tragédia na economia brasileira.
O escândalo envolvendo o ministro foi divulgado pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), no âmbito do projeto da “Pandora Papers” que comprovou um flagrante conflito de interesses de Paulo Guedes ao manter uma empresa offshore milionária nas Ilhas Virgens Britânicas (um paraíso fiscal), mesmo estando a frente do Ministério da Economia do Brasil.
O aumento do dólar e a desvalorização do real, que tem impulsionado a inflação e diminuído o poder de compra do brasileiro, fez a fortuna de Guedes se multiplicar, de 14 milhões para 51 milhões de reais.
Confira abaixo o vídeo divulgado pelo diretor executivo da CSP-Conlutas, Paulo Barela, em frente ao Ministério da Economia.
Mobilização virtual
É importante que a pressão sobre os deputados se intensifique também no formato virtual. Participe enviando mensagem aos deputados contra a aprovação da PEC 32 e das mobilizações nas redes sociais.
Abaixo o Sind-REDE/BH preparou um copilado com os contatos (Telefone, e-mail, whatsapp) e redes sociais (Twitter, Facebook e Intagram) de todos os deputados mineiros, clique no botão abaixo para ver.
Também deixamos disponível o material preparado pelo portal “Não a PEC 32” e o site Na Pressão que reúne ferramentas de envio automático de e-mails e um raio-x de como os deputados tem se posicionado em relação a reforma administrativa.
Por fim, o link para a página do facebook “Reforma Administrativa não”, construído pelo Fonasefe, com diversos materiais conscientizando sobre os perigos da reforma administrativa. São vídeos, cards e textos para serem postados nos grupos de whatsapp e em suas redes sociais.
Com informações da CSP-Conlutas
