Pela valorização de nossa luta e equiparação da Carreira na Educação Infantil

A conquista de 8 níveis na carreira da Educação Infantil em 2018 veio através de uma luta incansável de longos anos e após uma forte greve de 53 dias da categoria. Essa conquista não foi uma benesse concedida pelo governo.

Desde a criação do cargo de Educador Infantil, em 2003, vivemos uma política de diferenciação na Rede. Não faltam dados para comprovar como essa política impactou os salários e as condições de trabalho. Mesmo depois da mudança do nome do cargo para Professor para a Educação Infantil, em 2012, quando foi realizada uma greve de 45 dias pela unificação, as/os professoras/es da Educação Infantil não tiveram seus diplomas de graduação reconhecidos, os salários foram mantidos sem a devida valorização e foi negada a carreira única, com equiparação de salários e direitos.

As lutas por melhores condições são marca das/os professoras/es desde a criação do cargo e se mantiveram incansavelmente. Para combater falas falsas do governo que não reconhecem nossas formas de mobilização e luta, vamos relembrar nossa história e cobrar o que é de fato verdade.

Em 2018, quando iniciamos nossa greve no dia 23 de abril, fomos recebidas com violência, balas de borracha, spray de pimenta, jatos de água, prisão de dirigentes e bombas de efeito moral. A PBH tentou de forma covarde intimidar o movimento grevista, pressionar para que recuássemos, logo no primeiro dia de greve e a resposta foi uma multidão de professores de diferentes redes e cidades e o apoio da população à nossa pauta de reivindicação. Nos atacaram de forma covarde e a resposta que demos foi com a força e resistência do movimento grevista. Enfrentamos 53 dias greve, 21 dias de acampamento em barracas na porta da PBH, salários cortados, perseguição da SMED, várias semanas onde o governo se manteve em silêncio para que abandonássemos nossas reivindicações. Saímos dessa greve vitoriosas/os! Conquistamos 8 níveis da carreira, agora faltam 2 níveis. A carreira se mantém com diferenças para quem tem formação superior. Temos a mesma formação superior dos professores e professoras que atuam no Ensino Fundamental, mas para o governo nossos diplomas parecem valer menos já que ainda se mantêm as diferenciações.

O que alcançamos até aqui não foi “um presente do governo”. Foi conquista das lutas da categoria por uma carreira digna e valorizada!

Ainda faltam 2 níveis na Carreira, exigimos a equiparação!

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