Em um dia histórico de mobilização que marcou o dia nacional do servidor público, nesta quinta-feira (28/10), os trabalhadores em educação da rede municipal realizaram a primeira assembleia presencial de 2021. A retomada tem um significado especial, já que a categoria não se reunia em fóruns deliberativos presenciais desde março de 2020, logo antes do decreto de fechamento da cidade. Além da assembleia, o dia foi marcado pela paralisação total das atividades da rede, uma passeata até a Prefeitura e um ato unificado na Assembleia Legislativa, contra as reformas administrativas de Zema (PL 1202/19) e de Bolsonaro (PEC 32/20).
A assembleia dos trabalhadores em educação começou com uma homenagem à todas as vítimas de Covid-19 e da má gestão da pandemia promovida pelo governo. Também foram lembradas os falecimentos recentes da ativista e professora aposentada da Rede Municipal Elmice Mariae e do ex advogado do Sind-Rede Domingos de Souza.
Após a homenagem, os trabalhadores fizeram uma análise sobre o atual cenário de retorno das atividades presenciais na Rede Municipal e inúmeros ataques que os trabalhadores tem sofrido. Denunciando a política defendida por Alexandre Kalil (PSD), que ao mesmo tempo que quer voltar a encher as escolas, com 100% dos estudantes, mantém um quadro reduzido de trabalhadores, dificulta a substituição dos professores em licença médica e aumenta o número de professores excedentes.
Os trabalhadores ponderaram que nada justifica tantos cortes, já que a prefeitura economizou e fez caixa durante a pandemia, com o fechamento das escolas e que este deveria ser um momento de investimento, para recuperar o prejuízo acumulado. Os trabalhadores também tem se queixado sobre a ampliação do trabalho burocrático dos professores, o que tem extrapolando o tempo previsto de planejamento, e a ampliação da carga horário de trabalho, visto que o tempo de recreio foi eliminado, passando a ser considerado como tempo de efetivo trabalho.
Após o debate, os trabalhadores deliberaram pela manutenção do indicativo de greve e um calendário de mobilizações. Para conferir todos os informes e o caléndário completo, clique no botão abaixo:
Passeata
Após a assembleia os trabalhadores da Rede seguiram em direção a prefeitura. Com a faixa Kalil e Ângela Sufocam a Educação, os trabalhadores protestaram na porta da prefeitura contra gestão que precariza a educação e das condições de trabalho. Confira as fotos
Ato dos Servidores
Em seguida, os trabalhadores se dirigiram à Assembleia Legislativa, onde participaram de uma mobilização unificada dos servidores públicos contra a reforma administrativa do governo Bolsonaro (PEC 32/20) e o proposta de Regime de Recuperação Fiscal do governo Zema, que na prática é uma reforma administrativa ainda mais dura para os servidores de Minas Gerais.
Na ocasião foi realizada uma performance do Tribunal Popular de Justiça que condenou a Assembleia Legislativa a ouvir os servidores e enterrar a proposta de Zema (Novo). Veja o vídeo:
