MGS confirma demissões em 2021 dos trabalhadores que não passaram no processo seletivo. É preciso reagir!

É preciso intensificar as mobilizações e exigir de Kalil e MGS a garantia do emprego.

Foto: Denis Dias/PBH + Adão de Souza/PBH

Na quarta-feira à noite o Sind-REDE/BH recebeu informações de demissões de trabalhadores. Já no dia seguinte, pela manhã, a Diretoria do Sind-REDE juntamente com uma Comissão escolhida pela base, foram à sede da MGS cobrar explicações. Naquele momento a empresa afirmou que se tratava de 9 demissões para adequação do quadro de reserva. Cobramos por nenhuma demissão e por reunião de negociação da Campanha Salarial (reajuste de salário e ticket alimentação). Nosso ato já estava marcado desde o início do mês para acontecer justamente no dia seguinte. 

Ao final do dia de quinta-feira, a MGS ligou e marcou uma reunião de negociação às 13h30, meia hora antes do ato convocado da categoria para cobrar reajuste salarial e defesa do emprego. 

Principais itens da reunião repassados pela MGS:

1-  Emprego

  • Até abril haverá cerca de mais 100 demissões para ajuste do quadro de reserva. A MGS afirma que há um excedente de pessoas no quadro de reserva e que a SMED/PBH não paga pelo quadro de reserva. Por isso, teria que enxugar esse excedente. 
  • Processo Seletivo Simplificado (PSS): Haverá novo processo seletivo ainda no primeiro semestre. Não está claro para quais funções, pois, alguns cargos (Faxina, Cantina, Portaria) já tiveram dois processos seletivos. 
  • Ainda de acordo com a MGS, cerca de 70% da categoria que está nas escolas entrou sem processo seletivo e precisa ser desligado. Essa substituição dos trabalhadores que não passaram no processo seletivo por trabalhadores que sejam chamados a assumir vaga via PSS ocorrerá ainda em 2021. Isso porque, de acordo com a MGS, a empresa não teria condições de deixar para o último ano permitido, 2023, visto que ano que vem é ano eleitoral. 

2 – Volta ao trabalho presencial

  • Os porteiros, artífices e mecanógrafos já estavam em trabalho presencial. Os serventes escolares voltaram ao trabalho hoje, dia 22/02. Não há convocação para a volta ao trabalho para as Cantineiras e aos Apoio ao Educando. Quem convoca para o retorno é a MGS via mensagem de celular, supervisor ou outro meio. As Direções de Escola não têm autonomia para convocar trabalhadores sem que a convocação seja feita pela MGS. 
  • A MGS afirmou que não há política específica para testagem e isolamento de casos suspeitos de Covid-19 na categoria. Que não irá dispensar do trabalho pessoas com comorbidades, grávidas.

3- Campanha Salarial – Reajuste Salarial e ticket alimentação

  • MGS reafirma o 0% no salário e no ticket alimentação já anunciado anteriormente pela PBH e divulgado pelo Sindicato. 
  • Questionada pelo Sind-REDE/BH sobre o reajuste concedido aos demais trabalhadores da MGS, a empresa afirmou que era contra o reajuste, mas foi voto vencido dentro do SEAC (Sindicato da patronal) no fechamento do acordo com o Sindeac. E ainda afirmou que o governo do Estado pretende manter o mesmo orçamento gasto com folha de pessoal na MGS. Ou seja, de acordo com a MGS, para bancar o reajuste concedido, o Estado de Minas Gerais, vai fechar postos de trabalho e demitir trabalhadores. 
  • A proposta da MGS quanto a todos os demais pontos de reivindicação da categoria é a manutenção do mesmos itens do último acordo (2019) acrescido de uma cláusula que permite as férias coletivas mesmo sem o trabalhador ter período aquisitivo. 
  • Cobramos em especial a situação do horário dos Porteiros e em relação a mudança de local de trabalho das pessoas. Sobre os Porteiros a MGS ficou de ver a situação, pois na sala não havia ninguém que tivesse ciência do problema exposto. Em relação à mudança de local de trabalho, a MGS afirmou que são casos pontuais, que o interesse da empresa é manter os trabalhadores perto de casa. E o Sindicato pode apontar os casos para verem soluções. 

Reajuste Caixa Escolar

Assim como a SMED já havia respondido sobre o reajuste dos trabalhadores da MGS, semana passada foi enviado ao Sindicato ofício justificando o reajuste de 0% para salário e ticket alimentação. Veja o ofício aqui

Vamos à luta! Por emprego, salário digno e por nossas vidas!

Em nossa assembleia no início de fevereiro a categoria já deu a linha: É preciso garantir nossas vidas, por isso, exigir vacinação de todos os Trabalhadores em Educação urgente! Centenas de trabalhadores já estão nas escolas trabalhando (MGS e Caixa Escolar). A justiça, por enquanto, está negando a ação do Sind-REDE/BH que quer impedir a volta presencial dos trabalhadores dos grupos de risco, precisamos cobrar de Kalil o respeito à vida de nossos colegas. 

Em relação ao emprego, Kalil e MGS devem respeitar a família dos milhares de trabalhadores que estão há anos nas Escolas. É possível garantir pelo menos mais 2 anos de emprego. O Ministério Público do Trabalho negou mais uma vez o pedido de intermediação feito pelo Sind-REDE/BH, mas mesmo o acordo vigente tem a permissão de que aqueles que não passaram no processo seletivo fiquem até 2023. Estamos numa crise humanitária gigantesca, todo esforço pelo emprego dos trabalhadores deve ser feito. 

E por último, o salário dos trabalhadores não pode ficar mais um ano sem reajuste. A crise da pandemia não pode ser usada para justificar esse congelamento. Os preços no supermercado, na farmácia, tudo aumentou e o poder de compra da categoria só cai. A cidade de Belo Horizonte tem arrecadação suficiente para valorizar os trabalhadores e pagar mais que o mínimo estabelecido em lei para todo o país. 

Vamos seguir mobilizando, pelas redes sociais, nos bairros e em atos. Precisamos pressionar Kalil e MGS por nossos direitos!