Greves na educação se multiplicam pelo país

Trabalhadores em Educação do Amazonas, Rio de Janeiro e Brasília estão em greve por reajuste e cumprimento da lei do piso.

Em uma assembleia com participação massiva, os trabalhadores em Educação de Brasília decidiram pela manutenção da greve, mesmo após a decisão judicial que considerou a greve ilegou. A paralisação já se arrasta por duas semanas. Os trabalhadores reivindicam uma reestruturação da carreira, com melhores condições de trabalho, incorporação de gratificações de atividades pedagógicas, solução para a superlotação das salas de aula e convocação dos professores já aprovados no concurso público.

No Rio de Janeiro, os trabalhadores em educação iniciaram a greve na última quarta-feira (17/05). A principal reivindicação dos trabalhadores é a implementação do Piso Nacional no no primeiro nível da carreira, com desdobramento nos demais níveis, em contraposição a política de abono do governador Claudio Castro, que ofereceu complementação apenas para os níveis que ficarem abaixo do piso. Os trabalhadores organizados pelo Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro ) ainda reivindicam a revogação do Novo Ensino Médio e um plano de combate à violência nas escolas.

Já em Manaus, a greve que também começou na quarta-feira (17/05), tem como principal pauta um reajuste salarial de 25%, índice que leva em consideração as perdas salariais da categoria nos últimos anos. Segundo o Steam (Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Amazonas), o governo estadual não havia apresentado qualquer índice de reajuste para a data-base de 2023 e só iniciou o processo de negociação, com um índice de 8%, após o primeiro dia de paralisação da categoria. Além do reajuste de salário, os trabalhadores reivindicam reajuste nos valores do vale-alimentação e auxílio-localidade; revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração; e manutenção do plano de saúde e extensão para os aposentados.

O Sind-REDE/BH apoia e se solidariza com os trabalhadores em educação de todo o país que se levantam por melhores condições de trabalho, contra o novo ensino médio, pela defesa da carreira e cumprimento da lei do piso, sem abono. A legitima luta dos educadores é a saída para todos os retrocessos impostos pelos governos que desvalorizam os trabalhadores e sucateiam as escolas com a falta de investimentos.