EMEI é obrigada a iniciar o atendimento presencial com caso confirmado de Covid-19

Escola começou a funcionar nesta segunda-feira (03/05). Trabalhadores pagaram teste do próprio bolso.

Emei Marta Nair Monteiro, localizada no morro do Papagaio, regional centro-sul. Foto: Google Maps

Após o início do trabalho presencial na semana passada (26/04 a 30/04), uma professora de uma EMEI Marta Nair Monteiro, no morro do Papagaio, regional Centro-Sul de Belo Horizonte, foi diagnosticada com Covid-19. Mesmo após a confirmação do caso e de outros seis trabalhadores terem relatado sintomas da doença, a escola começou a funcionar nesta segunda-feira (03/05), com atendimento presencial aos estudantes.

Dos sete trabalhadores que apresentaram sintomas, seis são professores e uma terceirizada, todos foram afastadas das atividades para aguardar o resultado dos testes. Mas, isso não foi suficiente para impedir a reabertura da Escola, desconsiderando que na semana passada elas tiveram contato com os demais trabalhadores que prestam atendimento na escola.

Nesta quarta-feira (05/05), o Sindicato recebeu a informação de que a Prefeitura não pagou os testes dos trabalhadores, que tiveram que arcar com os custos do próprio bolso. Dos sete trabalhadores afastados, dois professores testaram positivo, um testou negativo, mas permanece apresentando sintomas e três ainda aguardam confirmação, a trabalhadora terceirizada também aguarda o resultado do exame.

Além do risco de contaminação, a escola foi reaberta com o quadro de professores muito aquém do que é necessário para o atendimento aos estudantes. Pois, além das sete trabalhadoras afastadas, muitas trabalhadoras aderiram à greve e algumas não retornaram ao trabalho presencial por pertencer ao grupo de risco, seja por possuírem comorbidades, por terem mais de 60 anos de idade ou por estarem grávidas.

Dada a sua gravidade da situação, duas diretoras do Sind-REDE/BH estiveram presentes na escola, tomando os devidos cuidados, para averiguar a situação e avaliar os riscos para os demais trabalhadores e estudantes.

Para o Sind-REDE/BH, todos os trabalhadores deveriam ter sidos afastados, pois podem ter sido contaminados mesmo estando assintomáticos. Mas, avaliaram que a ausência das trabalhadoras e diminuição do quadro não afetou o funcionamento da escola, já que os responsáveis pelas crianças não mandaram os filhos para a escola. Na segunda-feira (03/05), apenas 9 crianças foram atendidas, sendo quatro crianças pela manhã e cinco na parte da tarde.

“Ao que tudo indica, não são apenas os Trabalhadores em Educação que estão se sentindo inseguros com o retorno presencial, já que em praticamente todas as escolas da Rede que iniciaram o atendimento, o baixo número de estudantes foi a marca desse primeiro dia”, pondera a Entidade.

Aulas Paralisadas na Emei Piratinga

A Prefeitura recuou na proposta de manter o funcionamento da Emei Pitatininga, da regional Venda Nova, após a confirmação de um caso de Covid-19 entre as professoras que retornaram ao trabalho presencial na semana passada. Inicialmente a PBH havia informado que não havia motivos para suspender ou adiar o retorno.

O comunicado sobre adiamento das aulas na Emei foi realizado através de seu perfil no facebook da EMEI, a publicação está marcada como restrita à amigos, mas também circulou nos grupos de whatsapp dos trabalhadores em Educação. Segundo a publicação, as aulas estão suspensas por 14 dias. Confira abaixo: