Decretaram o fim da pandemia. O problema é que o vírus não respeita decreto

Em Portaria divulgada hoje, Kalil e Ângela Dalben decretam volta à normalidade nas escolas da cidade.

Hoje, 06/10, Kalil jogou a toalha de vez. Há algum tempo o governo municipal já havia mudado sua posição política em relação a pandemia. No início tentou se apresentar em oposição a Bolsonaro, se contrapor ao negacionismo. Apesar de que a única medida tomada tenha sido fechar parcialmente a cidade, em especial o comércio e os serviços públicos.
No entanto, a pressão dos conservadores foi mais forte, e há algum tempo Kalil mudou a linha, a ciência se submeteu ao político.


Hoje a pá de cal foi jogada com o Decreto que determina a volta da normalidade nas escolas. A fantasia do Decreto, das regras sanitárias nele estabelecidas é assustadora, mais assustador ainda é que algum médico sanitarista dê aval a isso.

Agora todas as crianças poderão estar dentro das escolas, mas não podem se encontrar nos corredores, no refeitório ou no banheiro. Higienização exemplar, mas sem pessoas de carne e osso para executá-las, máscaras adequadas, mesmo sem que a Prefeitura as forneça.

Pedagogicamente a fantasia é ainda maior, pois o mesmo quadro de trabalhadores deve dar conta do atendimento presencial, e do remoto e de um arcabouço burocrático inacreditável.

Já alertamos em outros momentos sobre a dificuldade para se cumprir os protocolos. De certa forma, nossa ação conseguiu até aqui amenizar os problemas, a greve e depois o alerta às famílias fez com que o retorno das crianças fosse mais lento, permitindo uma melhor organização do trabalho. Pagamos um preço alto por isso, mas salvamos vidas.

A Pandemia não acabou, os casos de crianças contaminadas nas escolas tem aparecido e a Prefeitura desconhece o fato.

No dia 28/09 tivemos uma reunião com o governo e o mesmo sequer mencionou sobre a intenção de publicar esse novo decreto o que significa duas coisas, desrespeito total à categoria e improviso nas decisões tomadas.

Não se acaba com uma Pandemia por decreto. É inaceitável a atitude da Secretária de Educação Ângela Dalben, do prefeito Alexandre Kalil e do Comitê de Enfrentamento à Covid-19.