A educação no Brasil sofrerá, no ano que vem, nova redução na receita. Isso porque o governo Bolsonaro apresentou, dentro do Projeto de Lei Orçamentária de 2023, proposta de redução de mais de um bilhão no orçamento do programa Educação Básica de Qualidade, que vai de R$ 10,8 bilhões para R$ 9,7 bilhões.
A Educação Infantil terá ainda mais problemas já que os cortes serão mais drásticos. A redução de 96% dos investimentos na área para 2023 fixando em apenas R$ 5 milhões.
Nos últimos anos, 15 milhões que seriam destinados à Educação Infantil foram congelados, houve uma redução de 6 milhões para a manutenção de creches e pré-escolas e para a criação de novas unidades. O que é ainda mais impactante sobre essa realidade já que grande parte da verba da União destinada à Educação Infantil é justamente para a criação e manutenção das creches e pré-escolas.
Outra categoria que recebeu reduções foi a Educação de Jovens e Adultos (EJA) com corte de R$ 14 milhões dos R$ 34 milhões previstos.
Segurança alimentar ameaçada
A merenda escolar também é outro grave problema que atinge diretamente a Educação Básica. O Programa Nacional de Alimentação Escolar está sem reajuste desde 2017, e Bolsonaro não acha que seja prioridade essa pauta já que vetou o reajuste. O governo federal destina R$ 0,36 para a alimentação de cada criança do ensino fundamental, em média R$ 0,53 por aluno da pré-escola e R$ 1,07 para creches, esse valor não é suficiente mesmo com o complemento do município. Sem a merenda escolar, não há segurança alimentar.
Corrupção é a base do governo Bolsonaro
Enquanto faz cortes na educação e em outros setores importantes como a saúde e a tecnologia, o governo aplica dinheiro no chamado orçamento secreto, em que os parlamentares destinam parte do dinheiro reservado como eles bem entenderem.
Os cortes na educação significam a redução de assistências estudantis, qualificação para os professores, investimentos nas melhorias de mobiliários das escolas, redução de merenda escolar e redução de vagas nas escolas. O que o governo Bolsonaro propõe é o desmonte da educação como um todo, enquanto busca beneficiar aliados políticos.