Ações realizadas pela SMED/PBH atacam a organização da Educação Infantil e desrespeitam professoras(es).

Ações do governo Kalil causam excedências de professoras(es) e quebram a rotina do trabalho pedagógico junto às crianças.

A Educação Infantil, espaço potente de formação da criança, mais uma vez é atacada com várias políticas que modificam a forma de organização do atendimento, causando excedência de professores e quebra na rotina de trabalho pedagógico junto às crianças.

Há muitos retrocessos na Educação Infantil que ficaram evidentes durante a Pandemia, como a imposição autoritária da SMED em mudar a concepção de atendimento. Essa mudança causou a quebra de vínculo afetivo e pedagógico entre professores e crianças quando professoras grevistas foram impedidas de continuar com suas turmas de origem. Esse problema foi aprofundado em agosto após consulta às famílias sobre o retorno presencial. De forma punitiva a PBH reduziu ao mínimo os grupos de trabalho e colocou em excedência centenas de professoras/es, ao mesmo tempo que aumentou o número de crianças e de dias de atendimento presencial.

As modificações na organização das escolas impostas pela SMED a “toque de caixa” e sem planejamento negam direitos fundamentais de estudantes e professoras/es. A tentativa de destruir a organização construída nas escolas é evidente por isso, marcamos um ato no último dia 11/09 na Porta da SMED, quando foi confirmado que nem mesmo a equipe técnica da Secretaria trabalha presencial. Como resposta à situação das excedências e com o intuito de discutir também o funcionamento de todas as escolas da Rede estamos chamando um novo ato para o dia 22/09, às 9hs na Porta da SMED.

Mesmo diante de uma Pandemia, mais uma vez, constatamos que a diferenciação de direitos e deveres se confirmam nas ações da PBH, que desmonta os grupos de trabalho nas escolas, corta salários das grevistas impondo a não negociação, gera transferências, diminue professores nas escolas e aumenta o número de estudantes.

Esses ataques do governo Kalil deixam mais pessoas expostas, mais pessoas adoecidas e desmotivadas e mostram o quão perversas e desencontradas têm sido as ações desse governo que não garante a qualidade do trabalho desenvolvido nas escolas. Como se não já bastasse o risco de contaminação, professoras/es tiveram salários cortados, foram retiradas/os dos seus grupos de trabalho e deixadas/os como mão de obra excedente na Rede, contrariando todas as necessidades reais para o efetivo funcionamento das escolas durante a Pandemia.

A falta de respeito do governo Kalil com o trabalho das/os professoras/es é confirmada pela ausência de negociação e diálogo.

Abaixo estão listados todos os problemas para os quais exigimos negociação:

  • Corte de salário das grevistas
  • Excedência – Transferências desrespeitando a lista de acesso e gerando a quebra do trabalho pedagógico que já vinha sendo desenvolvido
  • Desmonte das equipes de trabalho nas EMEIs
  • Quebra de vínculos pedagógicos entre professor, alunos e famílias
  • Falta de investimento financeiro para realização do trabalho remoto
  • Falta de parâmetros pedagógicos para o atendimento das crianças no trabalho remoto
  • Ausência de parâmetros transparentes e comuns para definição do número de crianças por professor no remoto e no presencial
  • Aumento dos dias de aula presencial e diminuição do número de professoras nas escolas sobrecarregando muitos professores
  • Tratamento diferenciado no quadro de atendimento
  • Não cumprimento da jornada de 1/3 para o planejamento
  • Reuniões fora do turno (aumento da carga horária de trabalho)
  • Sobrecarga de reuniões e planejamento para o remoto e presencial
  • Não cumprimento do horário de lanche
  • Falta de máscaras PFF2

É inaceitável a SMED/PBH não receber a Diretoria do Sind-REDE para tratar sobre essas e outras questões tão importantes que mexem com a vida das/os professoras/as, crianças e famílias da educação.

Exigimos negociação!