Vigília na frente da PBH reúne dezenas de trabalhadores em Educação

Mobilização pressiona governo municipal, que recebe comissão e faz adendo não econômico a proposta

Na manhã desta segunda-feira (19/02), os servidores da educação pública municipal realizaram uma vigília em frente à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) reivindicando reabertura das negociações da campanha salarial 2024 e protestando contra a criminalização da greve.

Os trabalhadores estão em greve desde a última quinta-feira (15/02). No sábado (17/02), o Tribunal de Justiça, a pedido da Procuradoria-Geral do município, determinou a suspensão da greve de forma liminar, sob pena de multa de 100 mil reais por dia em caso de descumprimento. Ainda no domingo (18/02), o departamento jurídico do Sind-REDE/BH recorreu da decisão com um mandado de segurança.

Por volta das 11h da manhã, uma comissão de negociação do Comando de Greve foi convocada para se reunir com o assessor de relações do trabalho do governo municipal, Almiro Melgaço. Enquanto isso, os trabalhadores permanecem em vigília na porta da PBH. Representantes dos mandatos das vereadoras Iza Lourença e Cida Falabella (PSOL), dos vereadores Pedro Patrus e Bruno Pedralva (PT), da deputada estadual Macaé Evaristo (PT) e da deputada federal Célia Xakriabá (PSOL) fizeram falas em solidariedade a greve e contra a criminalização do movimento.

O governo não apresentou uma proposta durante a reunião. Porém, se comprometeu a repassar às demandas da comissão ao Secretário de Planejamento, André Reis. Os trabalhadores reivindicaram o adiantamento da parcela de 2025 e o acréscimo do reajuste do piso nacional do magistério (3,62%) ao índice final da campanha. Também foi levantada a necessidade de negociar previamente a reposição das aulas. Uma reunião sobre o tema, foi realizada na parte da tarde com a Secretária de Educação Roberta Rodrigues.

A expectativa dos trabalhadores é que o governo municipal apresente uma nova proposta econômica, para que ela possa ser apreciada na Assembleia de amanhã (20/02), às 8h30, na Praça Afonso Arinos, quando serão definidos os rumos do movimento. Foi ressaltado que a greve se encerra com negociação e não com a judicialização.

Por volta das 17h, o governo municipal enviou um e-mail à diretoria do Sind-REDE/BH, reforçando a manutenção do índice de 8,04% dividido em 3 parcelas (com a última paga em 2025). Mas com o acréscimo de dois pontos não econômicos, condicionados ao fim da greve. A abertura diálogo sobre:

  • Formato e critérios de reposição do calendário escolar e dias de greve/paralisações.
  • Apresentação pela SMED, até junho de 2024, de uma proposta para a implementação de um programa de formação continuada para professores que posteriormente será submetido à avaliação pela próxima gestão se poderá ser utilizado como requisito de progressão por escolaridade. As regras de como será utilizada e se será utilizada será apreciada somente pela gestão seguinte.

Veja vídeos e fotos da vigília

A cobertura do ato foi realizado ao vivo pelo Instagram do Sind-REDE/BH, confira os posts abaixo: