Um chamado aos Assistentes Administrativos Educacionais

Sind-REDE convoca os AAEs a participarem das atividades contra o retorno presencial e também para discutirem em seus grupos de trabalho a adesão à greve da categoria, caso ela seja deflagrada.

O ano de 2021 já começou impondo novos desafios aos servidores públicos da Rede Municipal  de BH, em especial aos AAEs. No dia 16 de fevereiro a SMED publicou um documento decretando o fim dos plantões nas EMEIs e nas escolas de Ensino Fundamental com turmas de Educação Infantil. Também estabeleceu um prazo para que os AAEs com comorbidades marcassem perícia médica para não precisarem fazer trabalho presencial nas Unidades de Ensino. A princípio os servidores afastados ficariam em teletrabalho. Esse documento pegou todos os AAEs de surpresa, pois vai acarretar maior aglomeração nas escolas aumentando o contágio do vírus da Covid-19 ainda mais se as aulas presenciais retornarem.

Lembrando que nesse momento, grande parte das escolas estão em obras, os Trabalhadores Terceirizados retornaram ao trabalho presencial e a Comunidade Escolar está buscando ou entregando atividades dos alunos do trabalho remoto. Tudo isso gera grande aglomeração e aumenta muito o risco de contaminação. Muitos AAEs questionam o motivo do fim do plantão, pois, os mesmos já aferiram que o volume de trabalho não justifica o atendimento em jornada completa. Em diversos fóruns os AAEs já exigiram que a SMED organizasse os teletrabalho para os AAEs como forma de preservar a vida e a saúde dos servidores e suas famílias.

Infelizmente a SMED e a PBH ignoraram as demandas dos AAEs

Ontem, dia 22 a SMED publicou outro documento, piorando o que já era muito ruim. Determinou que os AAEs afastados devido a comorbidades ou com 60 anos ou mais continuassem em sobreaviso, tirando deles a possibilidade do teletrabalho. Nós sabemos os prejuízos que o sobreaviso causa ao servidor. Pode acarretar atrasos na Avaliação de Desempenho, antecipar férias regulamentares ou saldo de férias-prêmio a revelia do servidor e o mesmo passa a não receber vale alimentação, que com os baixos salários do setor faz muita diferença não receber o benefício. Chegaram ao Sind-REDE denúncias que a SMED estaria solicitando aos Diretores que cedessem AAEs para outras Unidades Escolares, ou seja, na prática “emprestando” servidores públicos efetivos e estáveis do Administrativo para cobrir escolas que pelos mais variados motivo não possuem esses profissionais, dentre eles o adoecimento dos mesmos. Isso é uma flagrante ilegalidade pois, fere o direito do servidor à lotação. Lembrando que existe um documento determinando que a princípio só haveria transferência de professores para suprir as demandas das turmas de Educação Infantil abertas nas escolas de Ensino Fundamental.

Tudo isso gerou uma grande indignação dos AAEs somada às péssimas condições de trabalho, salários defasados e grande assédio moral. Está na hora de dar um basta! Se e-mails, mensagens, ofícios e reclamações nas redes sociais não sensibilizam a SMED/PBH da situação calamitosa dos AAEs, o caminho é a GREVE!

Greve pela vida! Greve por direitos! Greve por dignidade!

A Diretoria Colegiada do Sind-REDE convoca os AAEs a participarem das atividades votadas pela categoria contra o retorno presencial e a retirada de direitos. Todos os assistentes devem discutir em seus grupos de trabalho a adesão à greve da categoria se ela for deflagrada!

Basta de desmandos! Os AAEs exigem respeito!

Calendário:

  • 24/02 – 9h – Carreata pela vida contra o trabalho presencial Concentração Praça da Estação.
  •  26/02 –  7h –  Assembleia dos Trabalhadores em Educação. Com Indicativo de Greve.
  • 1° Semana de março – Assembleia Extraordinária dos AAEs (a definir)