Trabalhadores em Educação Terceirizados rejeitam proposta de 13% da PBH/MGS

Categoria aprovou uma contraproposta de 15% no salário e ticket, manutenção do dissídio e um Calendário de Mobilização.

Em uma assembleia histórica, com mais de mil trabalhadores em Educação terceirizados pela MGS e Caixa Escolar, realizada na tarde de hoje (16/02), na Praça da Estação, a categoria rejeitou a proposta da MGS e da Prefeitura de 13% sobre o salário e ticket OU 15% somente sobre o salário. Essa foi a primeira assembleia presencial do segmento desde o início da pandemia e surpreendeu positivamente pela forte adesão dos trabalhadores que compareceu em peso, mesmo com a forte chuva.

A indignação com a proposta da Prefeitura foi grande, já que a maior parte do segmento dos trabalhadores terceirizados das escolas municipais já está recebendo um complemento salarial devido ao reajuste do salário mínimo. Na prática, a proposta de 13% representaria pouco mais de R$30 reais no salário final. Também foi destacado que a inflação acumulada de 2020 a 2022 se aproxima dos 20%, o que significa que a proposta da Prefeitura/MGS não se aproxima nem da recomposição da inflação do período. Aceitar a proposta da patronal também significaria abrir mão das pautas não econômicas e dos acordos dos anos anteriores, que se encontram em situação de dissídio na Justiça.

Os trabalhadores aprovaram uma contraposta de reajuste de 15% no salário e 15% no ticket, mas sem abrir mão do dissídio dos últimos anos. A categoria quer dialogar com a empresa e negociar a pauta econômica e as outras pautas não econômicas: Como a questão dos EPIs, a sobrecarga de trabalho, a segurança do emprego dos trabalhadores do Programa Escola Integrada e o fim da transferência dos trabalhadores para escolas distantes de suas casas.

Após a assembleia os trabalhadores seguiram em passeata até a MGS, passando pela Porta da Prefeitura.

Os trabalhadores retornam amanhã para as escolas, mas aprovaram um calendário de luta.

Calendário de Luta

  • Dia 17 a 25 de fevereiro – Panfletagens nas comunidades. Cada grupo escolar
  • Dia 19 e 20/02 – Carros de som nas 9 regionais denunciando a situação. deve organizar a distribuição.
  • Dia 20/02 – Pastel e luta na Feira: Panfletagem na Feira Hippie para divulgar no estado todo a situação dos trabalhadores em BH. 9h, na Porta da PBH.
  • Dia 24/02 – Ação dos Representantes da MGS na SMED para negociar os itens de organização do trabalho.
  • Dias 26 e 27/02 – Colagem de cartazes perto das escolas denunciando a situação.
  • Dia 08/03 – Dia Internacional de Luta das Mulheres. Somos maioria mulheres e merecemos respeito.
  • Nova paralisação e Assembleia na Praça da Estação.

Veja abaixo algumas fotos e vídeo da assembleia e da manifestação.