Professores se reúnem na praça Deodoro. (Foto: Reprodução/Ma98)
A luta pela aplicação do piso salarial e seus desdobramentos na carreira da educação tem sido o eixo de luta de muitas categorias da Educação de todo o país. De forma ardilosa, governos Municipais e Estaduais buscam brechas legais e interpretações criativas para não conceder o reajuste do piso para toda a categoria da Educação. Foi isso que aconteceu em Belo Horizonte e também está acontecendo em São Luís do Maranhão.
Os trabalhadores em Educação de todo o país que precisaram se reinventar durante a pandemia para manter o atendimento remoto, sem qualquer apoio dos governos, que não investiram em capacitação e em infraestrutura, hoje precisam trabalhar dobrado para garantir o recuperação pedagógica do período em que as escolas ficaram fechadas. Também tem visto, assim como o conjunto da classe trabalhadora, o brutal derretimento de seu poder de compra, fruto da política catastrófica do governo federal, presidido por Bolsonaro (PL).
Por isso, o Sind-REDE/BH manifesta todo o seu apoio e solidariedade aos trabalhadores em Educação da Rede Municipal de São Luís (MA), que desde o dia 18 de abril estão em greve em defesa da atualização do piso para professore(a)s com Nível Médio e a repercussão dele em toda a tabela salarial do magistério, com 36,56% de reajuste para todo(a)s o(a)s professore(a)s com Nível Superior. Os educadores também estão lutando por escolas que ofereçam condições dignas para toda a comunidade escolar, por reformas nas escolas, melhoria do transporte e da educação escolar.
A greve ainda sofre a perseguição da Justiça, que a partir da decisão da desembargadora Francisca Galiza do TJMA decretou a ilegalidade da greve. Nesta segunda-feira (25/04), a mesma desembargadora autorizou que a prefeitura efetue o corte de ponto dos trabalhadores que se mantiverem em greve. Mas a decisão não intimidou o movimento que realizou uma passeata pelas ruas da cidade.
O Sind-REDE/BH repudia a postura anti-sindical da desembargadora e do prefeito de São Luís Eduardo Braide (sem partido). O reajuste de 10,06% proposto pelo prefeito (era apenas 5% antes da greve) é insuficiente para o cumprimento da lei do piso salarial, portanto a greve acontece para que a lei seja cumprida. Por isso, reafirma que a greve é justa e precisa ser respeitada!
