Os trabalhadores em educação estaduais do Pará que estão em greve desde o dia 23 de janeiro (quinta-feira). Em Assembleia realizada no dia 28 de janeiro (terça-feira), a categoria votou por permanecer em greve.
A greve se soma à ocupação dos povos indígenas, que, desde o dia 14 de janeiro, lutam pelo direito à educação e ocupam a sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em Belém. O governo paraense pretende substituir as aulas presenciais por um modelo de ensino remoto, que desconsidera as condições reais das comunidades indígenas.
Ocupação da Seduc
Os povos indígenas ocupam a Seduc lutando pela manutenção do Some (Sistema Modular de Ensino). Este sistema é fundamental para garantir o ensino médio presencial em regiões remotas, incluindo territórios indígenas, onde o acesso à educação pública e de qualidade já enfrenta enormes desafios estruturais.
Ambos os movimentos, lutam pela revogação da Lei nº 10.820/24, que, entre os problemas, altera a carreira do magistério no estado e modifica o programa Some, gerando perda de direitos conquistados e prejudicando a educação dos povos tradicionais. Além disso, é urgente a exoneração do secretário de educação, Rossieli Soares (PSDB).
O governo federal, representado pela ministra dos povos indígenas, Sonia Guajajara, somente compareceu ao Estado, no dia 27/01, após mais de dez dias de ocupação. A ministra veio para uma reunião entre o governo paraense e os indígenas. Demonstrando a falta de um apoio mais assertivo pelo governo Lula na defesa dos direitos dos povos originários.
Toda a luta é legítima e seguimos em apoio aos trabalhadores em educação do Pará e aos povos indígenas que resistem ao desmonte da educação.
Diretoria Colegiada do Sind-REDE/BH