Sind-REDE divulga Carta Aberta à população sobre o aumento da Alíquota Previdenciária em BH

Sind-REDE esclarece a população de Belo Horizonte sobre a proposta de aumento de 11% para 14% o desconto para a Previdência dos Servidores Municipais.


O governo de Alexandre Kalil está propondo aumentar de 11% para 14% o desconto para a Previdência dos Servidores Municipais, isso significa que os salários serão reduzidos em 3%.

Vejam, um trabalhador que ganha R$2.000,00 contribui com o INSS 8,22% do seu salário, o que corresponde a R$164,00. Com a proposta do Kalil o trabalhador da Prefeitura que ganha $2.000,00 irá contribuir com 14%, ou seja, vai pagar um valor de R$280,00

Mas já o trabalhador do Serviço Federal que recebe R$25.000, irá contribuir com R$3.847,00. O trabalhador da Prefeitura Municipal que recebe R$25.000,00 irá contribuir com R$3.500,00. Os números mostram uma clara penalização aos trabalhadores com menor remuneração no município.

Belo Horizonte paga salários muito desiguais. Enquanto existem trabalhadores que recebem menos que o mínimo (trabalhadores da Saúde), existem Procuradores que recebem R$40.000,00, e isso abre outro debate importante. Não é possível manter a política de reajustes lineares na Rede. É natural que hajam diferenças salariais de acordo com o grau de formação e especialização dos trabalhadores, mas esse fosso é inaceitável.

Lutamos neste momento para que a alteração na contribuição da Previdência seja mais justa e apresentamos como alternativa à proposta de 14% de Kalil a tabela que está na Constituição Federal. Portanto, não existe ilegalidade em nossa proposta.

Porque os trabalhadores da Saúde, da Educação, da Assistência Social e da Administração têm de pagar a conta para que vereadores continuem tendo salários de mais de R$18.000 e uma verba de gabinete de R$77.000,00 mensais, para que alguns poucos servidores do município mantenham salários de mais de R$25.000,00?

A defesa da Saúde e da Educação não pode ser tratada como uma expressão vazia, valorizar estes dois setores não é apenas valorizar os trabalhadores que neles atuam, mas com certeza, sem esta valorização, não se pode dizer que estas áreas são prioridade.

NÃO A ALÍQUOTA DE 14% NA PREVIDÊNCIA MUNICIPAL!