O Sind-REDE/BH convoca os trabalhadores em Educação para participarem e apoiarem a jornada de luta nas Universidades, Institutos Federais e Cefets em defesa da Educação Pública nos dias 15 e 16/12. A jornada foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e, em Belo Horizonte, o Sind-CEFET organizou debates, panfletagem e ato contra os cortes na Educação.
Segundo a ANDES-SN, os atos começam em 2022 e continuam no próximo ano, uma vez que o orçamento previsto para 2023 deixa a Educação ainda em uma situação muito difícil. A entidade ainda chama atenção para a importância das mobilizações conjuntas na luta pela Educação Pública no Brasil.
Mais um corte na Educação
As manifestações acontecem após o governo Bolsonaro realizar mais uma retirada de R$ 366 milhões do ensino superior, impedindo o pagamento de contas de energia, água e internet, dos restaurantes universitários e dos contratos com terceirizados.
As bolsas da pós-graduação e do programa de formação para professores da Educação Básica fomentadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) tiveram recursos liberados pelo MEC para pagamentos até dezembro/22. Porém, como alerta o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ricardo Marcelo Fonseca, “só as universidades, sem contar os institutos, estão com mais de R$ 21 milhões em bolsas que estão atrasadas nesse momento, bolsas de cultura, de extensão, de graduação e mesmo bolsas de pós-graduação que não eram pagas com a rubrica da Capes”.
Não é o primeiro bloqueio orçamentário feito pelo ministro Paulo Guedes, já que no meio do ano foram bloqueados R$ 438 milhões da Educação.
A educação básica também foi alvo da faca do governo Bolsonaro que retirou R$1 bilhão do orçamento de 2023 para a Educação Básica, além dos cortes na alimentação escolar. O que o governo federal vem fazendo é um jogo de enfrentamento entre educação básica e educação superior onde retira recursos do ensino superior justificando que serão investidos na educação básica, o que não é verdade.
Mais uma vez o governo Bolsonaro demonstra como a Educação não é prioridade em sua gestão, que desvia recursos para um orçamento secreto privilegiando aliados políticos. Todo nosso apoio aos trabalhadores e estudantes da Educação Superior.
Diretoria Colegiada do Sind-REDE/BH
Crédito: Adufla/Andes
