Ministério Público recorre de decisão da Justiça que prorroga demissões da MGS por 12 meses

Procuradora Elaine Nassif tem atuado para que todos os trabalhadores contratados sem processo seletivo sejam substituídos.

Ato dos Trabalhadores terceirizados da MGS contra as demissões, ainda em 2019

Em uma posição desumana, a procuradora do Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPTMG), Elaine Nassif, recorreu da decisão da Justiça que estende em 12 meses o prazo para a conclusão das demissões dos trabalhadores da MGS não aprovados no processo seletivo. Elaine solicita que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) seja cumprido imediatamente e questiona a posição da Juiz em alterar, sem a concordância do MPTMG, o acordo extrajudicial já estabelecido. O recurso foi impetrado no dia 7 de agosto.

A procuradora não compareceu, nem enviou qualquer representante do Ministério Público, às últimas audiências de conciliação marcadas pela Justiça do Trabalho. Nas audiências, o Sindicato fez o requerimento de prorrogação do prazo por mais 24 meses. A proposta, que teve o acordo da Prefeitura de Belo Horizonte e da MGS, foi parcialmente atendido pelo Juiz, que estendeu o prazo por mais 12 meses.

A decisão levou em consideração que a MGS tem cumprido o TAC, já que realizou diversos processos seletivos e que, dos 6.645 contratados sem processo seletivo na época da assinatura do TAC, apenas 1.187 ainda estão em atividade.

Com o recurso do MPTMG, o Juiz pode manter ou mudar o seu entendimento sobre a decisão. Caso seja mantido hipótese mais provável –, o recurso será julgado pela segunda instância. Em ambos os casos, o departamento jurídico do Sind-REDE/BH tentará impugnar o recurso impetrado pelo Ministério Público.

O Sind-REDE lamenta a postura da promotora, que desconsidera os esforços de milhares de trabalhadores, muitos deles próximos de se aposentar, que dedicaram anos à Rede Municipal de Educação, mas que não tiveram acesso à educação formal e que por esse motivo não tiveram condição de serem aprovados nos primeiros processos seletivos realizados pela MGS. O Sindicato tem se mobilizado para que o tempo de serviço e as provas práticas tenham mais peso que a prova teórica no Processo Seletivo, justamente para que estes trabalhadores fossem contemplados.