O dia 20 de novembro marca a morte de Zumbi dos Palmeiras, líder quilombola e símbolo da luta pela liberdade do povo negro no Brasil. Por conta disso, a data foi escolhida como o Dia da Consciência Negra e o mês de novembro é sempre marcado por manifestações pelos direitos da população negra e celebrações da negritude – das periferias ao centro da cidade.
No último domingo (24/11), o Movimento Quilombo Raça e Classe, com o apoio da CSP-Conlutas, Sind-REDE/BH, Núcleo Capão do Projeto Manuelzão e diversas organizações sociais e políticas realizaram a primeira Marcha da Periferia da regional Venda Nova de Belo Horizonte. O ato público aconteceu no Bairro Céu Azul com o tema “Contra o Genocídio Afro-Indígena e em defesa da Amazônia ” e contou com a colaboração do Grupo de Maracatu Bombos de Iroko e grafiteiros como Henrique Tsade, Lari Rangel, Joel Junio e Carlos Henrique.
A Marcha da Periferia acontece em diversas cidades do país para protestar contra o racismo estrutural, trazendo visibilidade para a questão racial da violência no mês da Consciência Negra. Segundo o atlas da violência de 2019, 75% das vítimas de homicídios são de pessoas negras.
Esse ano, a questão indígena também foi colocada em evidência, pois o governo Bolsonaro tem aprofundado os ataques ao meio ambiente e segue colocando em prática um plano, em curso há anos, de extermínio dos povos negros e indígenas. Em 2019, presenciamos o assassinato de lideranças indígenas como Paulo Paulino Guajajara e Emyra Wajãpi. Além de crimes ambientais que afetam quilombolas, ribeirinhos e indígenas.
“Diante do sistemático genocídio realizado pelo Estado capitalista que queima a Amazônia e povos originários, atravessa com balas os corpos negros e periféricos, adoece familiares das vítimas e desmoraliza a população, é nosso dever dizer que não nos curvaremos diante do chicote que estala em pleno 2019”.
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