Justiça é utilizada para atacar entidades sindicais em Minas Gerais

Em um ataque direto à entidade sindical que representa os trabalhadores em educação de Minas Gerais, Zema tenta inviabilizar o funcionamento do Sind-UTE/MG ao bloquear suas contas!

Desde o seu início, o governo de Romeu Zema (Novo) tem adotado uma postura intransigente com o movimento sindical. Seguindo sua cartilha neoliberal, a prioridade do governo é a aplicação do seu Regime de Recuperação Fiscal (PL 1202/19), que significa um grande ataque ao Estado e aos serviços públicos, com a venda de empresas estatais e o congelamento do reajuste de salários dos servidores e progressão nas carreiras públicas. 

Para fazer cumprir o seu programa, Zema não economiza armas. O governador promove uma verdadeira perseguição aos sindicalistas e recorre à Justiça para impor multas milionárias às entidades sindicais. Os ataques de Zema são especialmente duros aos trabalhadores em Educação, que atualmente estão com as suas contas bloqueadas em razão da cobrança de uma multa de R$ 3,2 milhões referente à greve de 2022.

Segundo o Sind-UTE/MG, a cobrança da multa e o bloqueio da conta da entidade é inconstitucional, pois a greve foi suspensa em abril de 2022 e todos os 32 dias da greve foram repostos, sem prejuízo ao calendário letivo. Mas o Governo Estadual tem utilizado a ação com o objetivo de pressionar o sindicato a recuar na defesa da aplicação da Lei do Piso Salarial de forma integral.

A perseguição direta aos sindicatos é uma prática comum do governo Zema. Um de seus atos mais absurdos aconteceu ainda em 2021, quando Zema cassou a licença de 21 dirigentes sindicais de diferentes entidades que se posicionaram contra o projeto de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Os sindicalistas precisaram recorrer à Justiça para retomar as suas licenças.

Lula deve garantir o emprego dos trabalhadores duramente atacados com a privatização!

Outro sindicato que teve as suas contas bloqueadas pela Justiça, devido ao movimento grevista, é o SINDIMETRO/MG. Desde o início do processo de concessão da CBTU/MG e do metrô Minas iniciado no fim de 2022, após acordo entre o governo Zema e o governo Bolsonaro, os metroviários realizaram uma série de paralisações contra a privatização e pela preservação do emprego dos metroviários.

No carnaval, a CBTU conseguiu na Justiça impor o funcionamento de 70% da escala durante a greve, sob multa de R$ 150 mil por dia, nos dias de festa, e R$ 100 mil nos demais dias. No sábado (25), após em assembleia a categoria decidir pela continuidade da greve, o Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) aumentou o valor da multa diária para R$ 200 mil. A nova liminar determina o bloqueio de R$ 1,2 milhão nas contas do sindicato.

Metroviários vão à Brasília, mas governo Lula segue com a privatização do metro 

No dia 01 de março os trabalhadores Metroviários, em assembleia, a definiram pela continuidade da Greve. 

No dia 28 o SINDIMETRO/MG organizou junto aos trabalhadores um ato em Brasília, exigindo do governo Lula a suspensão do Leilão do metrô de BH/Contagem. O que reverteria a privatização em curso.

Foram recebidos pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que reafirmou a manutenção do processo de privatização. Diante da greve e do protesto, o que o ministro apresentou foi a possibilidade de reaproveitamento dos trabalhadores em outros órgãos, ou em outros Estados onde ainda existe a CBTU. Rui Costa foi responsável por privatizar o metrô na Bahia quando foi governador.

O Sind-REDE/BH se soma na luta contra os ataques sofridos pelo Sind-UTE/MG e SINDIMETRO/MG e se coloca ao lado dos trabalhadores que estão sendo duramente atacados com o risco do fechamento das portas das entidades que os representam!