Em reunião, nesta quarta-feira (08/11), com as entidades de servidores públicos municipais, a equipe da Secretaria de Orçamento Planejamento e Gestão (SMPOG), chefiada pelo secretário André Reis, anunciou o valor do índice de recomposição do funcionalismo municipal para 2024. A proposta do governo é de um reajuste parcelado em duas vezes de 2,91%, sendo a primeira delas na folha de agosto (pagamento em setembro) e a segunda em dezembro (pagamento em janeiro de 2025).
Mais uma vez, o cenário de déficit fiscal foi utilizado como justificativa. André afirmou que o índice terá o impacto de 150 milhões de reais para o caixa do município e voltou a apontar para o crescimento vegetativo dos servidores e aumento dos gastos com pessoal como principais responsáveis pelo baixo índice de reajuste. Segundo o secretário, a previsão de verbas futuras, como o Refis, serão utilizadas para o pagamento desse reajuste aos servidores.
A notícia não foi bem recebida pelos sindicalistas, que questionaram outros gastos da Prefeitura. Segundo os presentes, a PBH mais uma vez, tem preterido a valorização dos servidores, enquanto gasta sem planejamento em outras áreas. O parcelamento foi o principal alvo de críticas dos presentes, que questionaram se a experiência de 2023 precisaria ser repetida, quando o prefeito Fuad Noman recuou em sua proposta de recomposição em duas parcelas após a deflagração da greve unificada dos servidores municipais.
Pauta específica
Novamente, os representantes do Sind-REDE/BH cobraram uma reunião para tratar da pauta específica da educação, relembrando o fato do setor ter verbas próprias carimbadas. Os sindicalistas cobraram também atendimento da pauta de cada segmento, principalmente melhorias nos planos de carreira. A resposta do governo foi negativa, afirmando que só vai assumir compromisso com o índice salarial.
A única exceção será uma reunião com a Diretoria do Sind-REDE/BH, na próxima semana, para discutir os recursos do Fundeb.
