Escola municipal paralisa atividades em solidariedade a professor agredido

Professor foi atingido por uma lixeira na cabeça após chamar atenção de um Aluno de 12 anos

Nesta quinta-feira (03/10), a Escola Municipal Marlene Pereira Rancante, na Regional Noroeste, paralisou suas atividades em solidariedade à agressão sofrida pelo Professor de história Marco Antônio, ocorrida ontem (02/10). O episódio ocorreu após o professor chamar a atenção do aluno de 12 anos, que reagiu usando uma lixeira para golpear a cabeça do educador. Após a agressão, o professor passou mal e foi levado para o hospital Felício Rocho, onde foi atendido e liberado. O aluno foi encaminhado para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator de Ato Infracional (CIA). O professor foi ouvido pela polícia, mas não quis prestar queixa contra o estudante. A escola relata ainda outros casos de agressão sofridos por professores.

Segundo a diretora do Sind-REDE/BH, Cláudia Lopes, a escola pública é um espaço fundamental em cada comunidade, “é lá onde os filhos e as filhas dos trabalhadores de nossa cidade aprendem convivem e se constroem como cidadãos.  No entanto, este episódio é mais uma mostra do aumento da insegurança nas escolas e vem se somar ao choque provocado este ano pelo assassinato de um professor em Valparaiso-GO e ao atentado em Suzano-SP”, alertou.

Durante a manhã desta quinta, o Sind-REDE/BH esteve presente na Escola para ouvir os trabalhadores e debater sobre a situação. No final da manhã, alguns representantes da Secretaria Municipal de Educação conversaram com o grupo de trabalhadores que, em meio a grande tristeza pelo fato ocorrido, fizeram diversas reivindicações. Após conversar por telefone com a Secretaria de Educação Ângela Dalben, a gerente da regional afirmou que atenderia a duas das reivindicações, concedendo para a Escola mais um coordenador e a liberação de dinheiro para a realização de reuniões pedagógicas.

Segundo o Jornal Estado de Minas, no período de Janeiro a Agosto do ano passado, 29 professores foram vítimas de ocorrências registradas em escolas da rede pública de BH  e de acordo com o DIEESE 43,8% dos professores já sofreram alguma agressão física, verbal ou psicológica. Por isso, qualquer ação da SMED não pode ser apenas pontual e paliativa, mas algo que contemple todas as escolas como a revisão do 1.6 e a realização das reuniões pedagógicas em todas as escolas da Rede.