Na tarde desta segunda-feira (10/03), cerca de 1.500 trabalhadores em educação terceirizados se reuniram em assembleia na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte, para avaliar as propostas definidas nas reuniões de negociação entre o Sind-REDE/BH, a prefeitura e a MGS e a continuidade do movimento. Em votação apertada, os trabalhadores decidiram aceitar a proposta da Prefeitura e encerrar a greve.
O governo municipal de Fuad/Damião manteve a proposta de reajuste de 7% nos salários e no vale-alimentação, além do compromisso de estornar o corte de ponto dos dias paralisados, incluindo o vale-alimentação, sem nenhum tipo de punição aos grevistas. A reposição dos dias parados será definida pela Secretaria Municipal de Educação (SMED). A proposta da PBH também inclui avanços em outros pontos da pauta não econômica, no entanto, não representam as principais reivindicações dos trabalhadores.
O resultado apertado da votação reforça a insatisfação da categoria e serve de alerta para a Prefeitura de Belo Horizonte. Os trabalhadores terceirizados da educação, que já sofrem com baixos salários e condições precárias de trabalho, demonstraram que continuarão mobilizados para reivindicar a valorização e o reconhecimento que merecem.
O Sind-REDE/BH avalia que o movimento conseguiu avanços expressivos no reconhecimento da categoria pelo poder público e deu grande visibilidade à luta pela redução da jornada de trabalho na cidade, forçando a prefeitura à reabrir a negociação e recuar no corte de ponto.
Apesar de aceitar a proposta, o clima final foi de compreensão da necessidade de manter a mobilização ativa. É inaceitável que a prefeitura de Belo Horizonte pague os piores salários e tenha uma das maiores jornadas da região metropolitana. A luta por melhores condições de trabalho continua, e o Sindicato seguirá acompanhando a implementação dos compromissos assumidos pela Prefeitura.
