Em mais um confisco nas verbas da Educação, Bolsonaro bloqueia mais de 2 bilhões em verbas do MEC

O Sind-REDE repudia mais esse ataque à Educação pública e reitera posição em defesa da valorização da educação pública e contra todas as tentativas de privatização em todos os níveis de governo.

O governo Bolsonaro executou ontem (05/10) um novo bloqueio que ultrapassa os R$ 2 bilhões nas verbas de custeio da educação superior do país. Com isso, universidades públicas e institutos federais de ensino estão novamente sob risco de não ter dinheiro para pagar funcionários e custos de operação.

Para onde está indo a verba da Educação?

Esse contingenciamento executado ontem havia sido anunciado na última sexta-feira (30), às vésperas do primeiro turno das eleições, por meio do Decreto 11.216, que altera o Decreto nº 10.961, referente à execução do orçamento do MEC para este ano. Em plena campanha para sua reeleição e com Bolsonaro dependendo de costurar acordos políticos para vencer as eleições em segundo turno, não é difícil supor que essa quantia bilionária retirada da educação superior seja entregue aos seus apoiadores e políticos proprietários de grandes empresas donas das universidades privadas e escolas particulares que contribuem com o sucateamento da educação pública para sustentarem as suas defesas pela privatização da educação em todos os níveis.

Educação pública não é prioridade no atual governo

Com mais esse corte orçamentário isso acarretará o fim do funcionamento das instituições de ensino como as conhecemos, impactando sobre as atividades de pesquisa, projeto, extensão e bolsas dos estudantes.

A Andifes, entidade que representa os Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior revela surpresa com o critério de limitações de verbas já quase ao final do exercício de outubro, e diz que esses cortes afetaram as despesas já comprometidas, e que, em muitos casos, deverão ser revertidas, mas com gravíssimas consequências e desdobramentos jurídicos para as universidades federais. Segundo Ricardo Fonseca diretor da Andifes e reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), esse corte irá impactar das coisas mais básicas a outras cruciais para o funcionamento dos Institutos e Universidades federais. Ele lembra que o montante bloqueado já havia sido liberado e empenhado.

E-mail do MEC recebido pelas Universidades e Institutos Federais de Ensino informando sobre o confisco das verbas.

O Sind-REDE/BH repudia mais esse ataque à Educação pública orquestrado pelo governo Bolsonaro, considerado um inimigo da Educação, e reitera sua posição em defesa da valorização da educação pública e de seus trabalhadores e contra todas as tentativas de privatização com desvios de verbas para empresas privadas que vem acontecendo em todos os níveis de governo.