CMBH aprova projeto inconstitucional que determina a educação como serviço essencial

O PL é uma manobra promovida por parte dos vereadores, para evidenciar uma falsa defesa da educação

Bancada conservadora da Câmara, mais uma vez, colocou em pauta projeto inconstitucional, autoritário, enquanto segue fazendo vistas grossas para os problemas sociais da cidade como a precarização do ensino público.

Foi aprovado, em segundo turno, na última segunda-feira, o PL 103/2021 que reconhece as atividades educacionais como serviço essencial no município de Belo Horizonte. É um absurdo a aprovação de projetos eleitoreiros como esse que tentam reduzir a discussão sobre educação pública a mera formalidade de manter as escolas abertas. Isso parte de uma proposta política de grupos conservadores e de empresários de escolas privadas que desconsideram as garantias constitucionais ao tentarem criar leis específicas nas cidades, que são contrárias ou não são previstas na legislação federal.

A mensagem do projeto é que escola só deve fechar nos casos de “decretação de estado de sítio ou estado de defesa”. Sendo serviço essencial, a manutenção do serviço se sobrepõe à vida dos trabalhadores em educação e dos estudantes, e de suas famílias. Ignoram os critérios técnicos e científicos e a situação de calamidade pública.

O projeto agora segue para sanção do prefeito Fuad. Exigimos o veto total a esse projeto por sua inconstitucionalidade, arbitrariedade e por representar um retrocesso de uma Câmara que legisla sem dialogar com o povo e com os trabalhadores dessa cidade.

Educação é um direito!

A vida é essencial!