Ataque de aluno em São Paulo expõe falta de políticas públicas de segurança em escolas

Uma professora morreu e cinco pessoas ficaram feridas. Caso é evidencia escalada da violência nas Escolas do país.

Imagens de Câmeras de segurança mostra momento do atentado. Jovem foi contido por professora antes da chegada da polícia.

O ataque realizado por um jovem de 13 anos, aluno do oitavo ano do ensino fundamental, à colegas e professores da escola Thomazia Montoro, em São Paulo, expõe a escalada da violência e a falta de políticas públicas de segurança no ambiente escolar. Segundo a Polícia de São Paulo, o jovem entrou com uma faca e partiu para cima dos professores e outros estudantes, ao menos cinco pessoas ficaram feridas e uma professora morreu após uma parada cardíaca a caminho do hospital. O jovem só foi contido pela ação de uma professora, que conseguiu imobilizá-lo e tomar a arma branca até que a ronda da Polícia chegasse à escola e agisse para apreende-lo.

Infelizmente, atentados como este estão se tornando cada vez comuns nas escolas de todo o país. Na Rede Municipal de Belo Horizonte, o Sind-REDE tem recebido cada vez mais denúncias de violência e cobrado do poder público medidas efetivas para prevenir novos casos. O sindicato defende que as políticas públicas envolvam os trabalhadores e a comunidade escolar e que vá além do policiamento na região.

Segundo pesquisa divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2019, as escolas brasileiras são um ambiente mais propício ao bullying e à intimidação do que a média internacional. O Sind-REDE/BH também identifica que o crescimento da violência tem acontecido com mais intensidade a partir do crescimento da política de ódio incitada por políticos e figuras públicas contra as escolas e os seus trabalhadores.

Por fim, o Sind-REDE se solidariza com os professores, alunos e familiares vítimas do atentado, especialmente a morte da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos.