O movimento está cada vez maior! Mais uma vez, os trabalhadores em educação terceirizados da Rede Municipal de Ensino realizaram uma assembleia massiva, com cerca de 4 mil trabalhadores, na Praça Afonso Arinos, na manhã desta quinta-feira (20/02). Mesmo diante da mobilização, a prefeitura tem mostrado a sua intransigência e não apresentou uma contraproposta que atenda as reivindicações dos trabalhadores. Dessa forma, não restou alternativa aos trabalhadores, que quase por unanimidade definiram por iniciar uma greve por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira (24/02).
Também foi definida a realização de uma nova assembleia dia 24/02, às 15h, em frente a porta da Prefeitura (av. Afonso Pena, 1212 – Centro). A categoria está disposta a negociar e espera que o prefeito em exercício Alvaro Damião demonstre boa vontade e apresente uma proposta digna, para que a greve não precise se estender pelos próximos dias.
Além de considerar a proposta de recomposição salarial insuficiente, a greve está sendo motivada pela ausência de respostas aos diversos itens da pauta de reivindicação. A situação dos trabalhadores terceirizados das escolas está insustentável, devido a jornada de trabalho excessiva, aos baixos salários e as péssimas condições de trabalho.
Desde o dia 29 de janeiro, quando foi realizada a primeira paralisação, a prefeitura tem se omitido da negociação, e não apresentou qualquer proposta à maior parte dos itens da pauta. Em uma reunião do Sind-REDE/BH com a Secretaria Municipal de Educação (SMED), realizada na primeira semana de fevereiro, ficou acordado que seria feita uma avaliação sobre as reivindicações dos trabalhadores terceirizados, mas até o momento não houve nenhum retorno ao Sindicato.
Melhores condições de trabalho e qualidade de vida
As propostas dos trabalhadores foram todas apresentadas e enviadas para Prefeitura e para MGS ainda em 2024. Porém, a contraproposta apresentada pela PBH e MGS foi apenas o reajuste de 7% no salário e no ticket. Os trabalhadores consideram esse índice insuficiente, pois os trabalhadores da Educação Municipal de BH ainda recebem os menores salários de toda a região metropolitana. Mesmo se comparados a cargos similares da MGS em outras áreas, os salários da educação ainda são os mais baixos.
Os trabalhadores também estão na luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário, pelo fim da escala 6X1 e uma série de outros itens que visam a melhoria das condições de trabalho, como: Mudança nos uniformes, mais equipamentos de proteção, o direito de fazer consultas médicas sem ter que fazer a compensação da jornada e que não haja o corte do valor do vale refeição em dias de licença médica e em dias de recessos escolares, uma vez que o vale funciona como um complemento para os salários.
Infelizmente os trabalhadores seguem sem retorno da Prefeitura, da Secretaria de Educação e da MGS, sendo a greve uma solução para que haja uma negociação.
Ato Público
Após a Assembleia, os trabalhadores saíram em caminhada até a Praça 7, passando pela Prefeitura de BH em protesto pela falta de proposta do prefeito exercício Álvaro Damião, às reivindicações da categoria. Confira algumas fotos e vídeos:
Calendário de luta e mobilização
- Dia 21 a 23/02 – Panfletagem e Colagem de Cartazes nas comunidades
- Dia 24/02 – 15h – Primeiro dia de greve: Assembleia de greve, na porta da Prefeitura de BH (Av. Afonso Pena, 1212 – Centro)