Trabalhadores terceirizados consideram insuficiente reajuste salarial proposto pela MGS

Proposta de reajuste de 10% não foi aprovada em assembleia pela categoria

Em assembleia realizada na tarde de ontem (01/02), na Praça da Estação, os trabalhadores em Educação Terceirizados decidiram que a proposta de reajuste apresentada pela MGS é insuficiente e decidiram por continuar com a campanha salarial 2023.

A MGS havia proposto reajuste de 10% sobre o salário e vale alimentação e a retirada das ações de dissídios que estão na justiça, mas em votação os trabalhadores foram contra, e além de acreditarem que a proposta é insuficiente também chamaram de “vergonha”, “um deboche” e que a empresa nem deveria ter enviado essa proposta.

Segundo os cálculos do sindicato, a proposta de reajuste ideal seria de 24% mais um abono de quatro vezes o salário de cada trabalhador para que as ações sejam retiradas da Justiça.

A diretoria do Sind-REDE/BH agendará uma nova reunião de negociações com a MGS.

Advertências e demissões  

Outra questão levantada durante a assembleia, foram as advertências aplicadas aos trabalhadores por terem participado da assembleia anterior que ocorreu no dia 07/12/22. Alguns trabalhadores alegaram que a MGS está sendo muito rígida e violenta com os trabalhadores ao aplicar as advertências, mesmo porque houve paralisação parcial para que os trabalhadores participassem da Assembleia.

A questão das demissões dos trabalhadores que não passaram no processo seletivo da MGS também foi levantada. Os trabalhadores são contrários às demissões e reforçam que a experiência de trabalho e o conhecimento do dia a dia em uma escola devem ser levados em consideração na realização dos processos seletivos. A proposta para que o Sind-REDE/BH inicie uma campanha para reverter as demissões foi aprovada durante a assembleia e muito comemorada pelos trabalhadores. 

Seguro-desemprego

A questão das demissões também levantou um outro ponto que é o não recebimento do seguro-desemprego dos trabalhadores. A MGS está respaldada legalmente pela reforma trabalhista do governo Bolsonaro, que permite às empresas, com contratos considerados irregulares, que não paguem o seguro-desemprego. Por não terem sido aprovados no processo seletivo, a MGS considera que os mesmos se enquadram nessa situação. A diretoria informou que esse problema terá que ser resolvido com uma ação na Justiça. Orientamos que as pessoas que não tiveram acesso ao seguro-desemprego a procurar o departamento jurídico do Sind-REDE/BH.

Caixas Escolares

Durante a Assembleia a diretoria do Sind-REDE/BH levou ao conhecimento as negociações para os Caixas Escolares. No dia 30/01 (segunda-feira) aconteceu uma reunião com os advogados e o sindicato, mas não foi apresentada nenhuma proposta de reajuste. Assim, uma nova reunião será agendada. 

Mobilizações

A importância da participação e a mobilização dos trabalhadores terceirizados na campanha salarial e nas decisões coletivas foram entoadas, já que a organização dos trabalhadores é a melhor forma de conquistar direitos. Por isso, é necessário que cada escola eleja um representante para participar das reuniões. Acesse o link AQUI e saiba como eleger um representante.

A próxima reunião de representantes está marcada para o próximo dia 07/02 (terça-feira), às 14h, na sede do Sind-REDE/BH.

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