O inicio do ano letivo foi comprometido em Campina Grande, polo industrial do estado da Paraíba. Em resposta à decisão da Prefeitura da cidade de retomar as atividades escolares de forma hibrida (com atividades presenciais e remotas), os professores e demais servidores da Educação decidiram por unanimidade por iniciar uma greve em defesa da vida.
A decisão aconteceu em uma Assembleia virtual realizada no dia 01 de fevereiro. Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), a assembleia reuniu mais de 500 servidores.
Os trabalhadores alegam que o retorno presencial resultará em ainda mais mortes de profissionais da educação vítimas do novo coronavírus, citando o caso da professora Christianne Fátima, que morreu da doença no dia anterior a assembleia.
Além da defesa das vidas, os efetivos da educação reivindicam outros pontos negligenciados pela gestão municipal, como o não pagamento do 14º salário da educação; não cumprimento das progressões; atrasos na recarga do cartão de passagem e falta de EPIs.
Os trabalhadores ainda questionam a falta de propostas para o ensino remoto em 2021, alegando que os problemas identificados no ano letivo de 2020 não foram corrigidos, como a falta de estrutura e acesso para os estudantes e formação e condições de trabalho para os trabalhadores.
O Sind-REDE/BH se solidariza com a greve dos trabalhadores em Educação de Campina Grande, compactuando com as suas apreensões e suas dores. O ambiente escolar deve ser um espaço de segurança e acolhimento e não de aumento de riscos, por isso o retorno presencial deve acontecer apenas após a vacinação.