A Direção Colegiada do Sind-REDE/BH vem a público manifestar toda a sua solidariedade aos servidores do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), em greve há 23 dias. Os servidores reivindicam reposição salarial de 19,99%, mais investimentos na educação pública, que vem sofrendo sucessivos cortes do governo Bolsonaro (PL), o fim do teto de gastos (EC 95) e arquivamento da reforma administrativa (PEC 32).
Até o momento, todos os 18 campi do IFMG estão mobilizados pela greve, sendo que oito suspenderam completamente o calendário acadêmico, são eles: Congonhas, Ibirité, Santa Luzia, Itabirito, Piumhi, Governador Valadares, Sabará e Ouro Branco.
A greve dos Institutos Federais é nacional e além do IFMG já atinge os Institutos Federais de seis estados (IFBA; IFPE; IF Sul-RS; IFPA; IFMS; IFAL). Outros 3 institutos já preveem paralisação a partir da próxima semana (IFRO, IFMA e IFPB).
Os trabalhadores ainda criticam as tentativas de desmobilizar o movimento grevista com a tentativa de barganha do governo federal, que oferece o reajuste de 5% aos servidores ao mesmo tempo que sucateia o ensino público ao anunciar o corte de R$ 3,23 bilhões do orçamento do MEC.
O movimento dos servidores dos Institutos Federais é justa e deve ser abraçada por todos que lutam por uma educação pública, gratuita e de qualidade. O teto de gastos, a reforma administrativa, os desinvestimentos na Educação e toda a a política ultra-liberal do governo Bolsonaro têm colocado a educação pública em risco e precisam ser enfrentadas.
Por isso, seguimos juntos com os servidores do IFMG e de todo o país na luta contra os cortes, por valorização e remuneração justa a todos os trabalhadores em educação.