Falta de livros didáticos nas escolas da Rede permanece sem solução

Impacto negativo no aprendizado dos estudantes e no planejamento das aulas é grave, visto que metade do ano já se passou.

Metade do ano letivo já se passou e as escolas da Rede Municipal de Belo Horizonte ainda sofrem com a falta de livros didáticos para todos os estudantes. A falta de livros para todos se soma a outros problemas de materialidade nas escolas, como a restrição no número de cópias e impressões para atividades, impactando diretamente a aprendizagem dos alunos e o planejamento dos professores.

O Sind-REDE/BH enviou um ofício à Secretaria Municipal de Educação (SMED) pedindo esclarecimentos sobre o atraso na entrega dos livros didáticos do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) às escolas da Rede Municipal. Em resposta, a SMED alegou que a restrição no número de livros tem a ver com o aumento no número de matrículas e por isso precisou acionar a reserva técnica do material ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e que a entrega está dentro do prazo estabelecido pelo FNDE.

A falta de livros, passados quatro meses de aula, já seria um grande problema por si só, mas somado às restrições impostas pela SMED para a impressão e xerox nas escolas, isso acaba prejudicando ainda mais o planejamento das aulas e o processo pedagógico, pois os professores ficam sem alternativas para realizar as atividades, principalmente aquelas destinadas ao extraclasse.

A SMED não chegou a informar o número de alunos impactados, quais escolas e matérias foram mais prejudicadas pela falta de livros e não apresentou uma previsão para que a situação seja normalizada. Apenas informou que o prazo para solicitação de novos livros aconteceu entre os dias 26/02 e 06/03 e que o processo foi suspenso por um tempo para correções técnicas. Em ofício, a subsecretária de articulação política e pedagógica Shirley de Cássia, afirmou que o caso está sendo acompanhado pela Gerência de Bibliotecas (GERBI) da SMED, que tem oferecido orientações sobre os livros às escolas

O Sind-REDE/BH espera que o problema seja resolvido o mais rápido possível, considerando o grande número de escolas que estão sofrendo com a falta de material.