Mesmo depois de dois anos do crime ambiental da Vale em Brumadinho, as medidas de reparação tomadas pela empresas estão longe de serem suficientes para reparar a grande tragédia ambiental causada pelo rompimento da barragem de rejeitos da mina do Córrego do Feijão.
A sanha pelo corte de gastos e aumento das margens de lucro da Vale levou a irresponsabilidade de manter barragens acima de sua capacidade de funcionamento e sem a devida manutenção necessária. A atitude levou 272 pessoas a morte, deixou milhares de feridos e um rastro de destruição e soterramento por lama toxica, que trouxe graves danos ambientais e sociais a região.
A Vale tenta reduzir na Justiça as indenizações que tem que pagar ao Governo de Minas Gerais por compensação socioeconômica e por danos morais e materiais coletivos, aos moradores da região, que desde o rompimento da barragem vivem a luta permanente pelo direito a reparação de seus prejuízos e até mesmo por direitos básicos como o acesso à água potável e moradia.
Para lutar por esses direitos, diversas entidades e movimentos tem realizado uma série de atividades que buscam chamar a atenção para a causa dos atingidos. Além de protestos também serão realizadas atividades culturais, como o ato Político Cultural da Água, que integra a jornada de lutas do MAB e religiosas, como a II Romaria pela Ecologia Integral.
Com o tema “Do luta à luta”, a programação conta com lançamento de Pacto dos Atingidos, projeções no Córrego do Feijão, celebração de missa, vigília, realização de webinário e sarau virtual.
Em Belo Horizonte a Manifestação em solidariedade à Brumadinho acontece nesta segunda-feira (25/01) às 12h30, no memorial da Vale, na Praça da Liberdade. Os manifestantes pedem que todos que venham a participar utilizem máscaras, levem álcool em gel e respeitem o distanciamento social.