Os trabalhadores em educação terceirizados da MGS e Caixas Escolares definiram em sua última plenária de representantes a redução da jornada de trabalho, sem a redução de salário, como uma das pautas prioritárias para a Campanha Salarial de 2025. Os Auxiliares de apoio ao educando, cantineiras, trabalhadoras da limpeza, artífice e mecanógrafos, reivindicam a redução da carga horária que hoje é de 44 horas para 36 horas semanais; os porteiros e vigias a volta do regime 12/36h,
A luta pela redução da jornada de trabalho, uma demanda histórica da classe trabalhadora, tem ganhado força em todo o país com a proposição da PEC que visa acabar com a escala 6×1 (seis dias de trabalho com apenas um de folga). Fortalecer essa luta, pode representar um passo estratégico para que os trabalhadores terceirizados da Educação da Rede Municipal de Belo Horizonte também alcancem uma de suas principais reivindicações da Campanha Salarial 2025, a redução da jornada sem redução de salário.
Desde 2019, na rede municipal de educação, os porteiros e vigias têm sofrido com essa escala, que impede o convívio familiar, o descanso adequado e compromete as condições de vida e saúde destes trabalhadores. A escala atual, impõe jornadas exaustivas de até 44 horas semanais, prejudica o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, limitando o acesso a direitos essenciais como lazer, estudo, cuidados com a saúde e convívio familiar. Os trabalhadores da portaria reivindicam a volta do regime de trabalho de 12/36h, que permite um melhor descanso e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Mas mesmo para os demais trabalhadores terceirizados da Rede Municipal de Educação de BH, que trabalham na escala de 5×2, a luta pela redução da carga horária de trabalho sem redução de salário é uma prioridade. Belo Horizonte é a cidade com a maior carga horária e o menor salário entre as cidades da região metropolitana.
A rotina exaustiva é uma característica do trabalho nas escolas, principalmente para os auxiliares de apoio ao educando e os monitores do Programa Escola Integrada, que têm que lidar com uma série de peculiaridades, especificidades e individualidades de dezenas de crianças todos os dias. A reivindicação desses setores é a redução da carga horária de 44h semanais para 36h semanais.
É preciso aproveitar o momento, em que o debate está quente e reivindicar da Prefeitura, da SMED e da MGS políticas públicas locais que visem a redução da jornada e melhores condições de trabalho nas escolas.
O grande apoio popular do movimento pelo fim da escala 6×1 possibilita avançarmos nas demandas por melhores condições e valorização profissional, temas já incorporados na campanha salarial dos trabalhadores terceirizados da MGS e das Caixas Escolares. Ao aderir a essa mobilização, ampliamos nossa voz e destacamos a urgência de condições de trabalho mais humanas para todos os segmentos da escola.
*Vamos juntos:* o ato será no dia 15/11, às 9h, na Praça 7. Pela redução da jornada e pelo fim da escala 6×1, participem e fortaleçam essa luta!