Após a coletiva de imprensa realizada na última terça-feira (29/03), na sede do Sind-REDE e a denúncia realizada na corregedoria da guarda municipal, polícia civil e prefeitura, o Sindicato disponibiliza neste site todas as imagens da agressão sofrida pelos professores durante o protesto realizado na porta da prefeitura no dia 25/03. Confira:
A manifestação é iniciada na porta da prefeitura de forma pacífica, cerca de 20 professores participam da manifestação que se dá na calçada, sem o fechamento da via. A guarda municipal já se encontra no local, mas não impede a manifestação, a população passa livremente pela calçada.
Após cerca de 1h de manifestação, carros pretos estacionam na frente da Prefeitura, neste momento a guarda municipal passa uma faixa zebrada em toda a parte da frente da prefeitura e passa a dizer que aquela é uma área de segurança e afirmam que os trabalhadores não devem impedir a entrada do prefeito. Os trabalhadores permanecem protestando e garantem que não vão impedir a entrada ou o direito de ir e vir de ninguém.
O vídeo abaixo contem cenas fortes de violência policial, por isso o youtube apresentou uma restrição de idade de 18 anos. Clique para fazer login e ver o vídeo.
Durante a manifestação na porta da PBH, a tropa de choque da guarda municipal avança para cima dos professores, que estavam protestando pacificamente. A guarda primeiro começa a empurrar os professores com escuros, em seguida usa os cacetes para bater, dão dois tiros de bala de borracha e usam bombas de gás lacrimogêneo. Um dos tiros de bala de borracha atinge o celular do jornalista do Sind-REDE/BH, Diego Franco David, o celular estava na altura de seu rosto.
O professor Wanderson Rocha é atingido na cabeça por um cacetete e desmaia. Outros 6 professores também sofrem agressões com cacetete e a guarda tenta prender diretores do Sindicato.
Na imagem acima é possível ver os policiais que realizam os disparos e a grande violência utilizada para dispersar os professores.
A guarda municipal tenta impedir os professores de se aproximarem e socorrer o professor atingido na cabeça. Inclusive apontando armas, utilizando cacetetes, agredindo mais uma vez os professores e jornalista.
A guarda municipal tenta impedir que a imprensa do sindicato registre o professor ferido.
Sem seguir qualquer protocolo, a guarda municipal carrega o professor Wanderson Rocha para a viatura e o encaminha para o hospital João XXIII. Os trabalhadores insistiram para que fosse chamado um resgate, mas a guarda municipal não permite.
Celular de Wanderson continua gravando
O professor Wanderson Rocha estava realizando uma transmissão ao vivo pelo facebook. Após ser atingido um dos guardas recolhe o celular e leva junto consigo. O vídeo consegue captar alguns dos diálogos. Confira:
No vídeo acima, um dos guardas questiona o por quê o seu colega realizou disparos com a espingarda calibre doze. Ele afirma que atitude foi errada e pode gerar consequências.
Em seguida o Guarda vai encaminhar a ocorrência e tenta se eximir da responsabilidade, afirmando que cumpriu a ordem porque os professores “resistiram”.
Em seguida, o guarda liga para um colega chamado Adriano, pedindo para que ele conduza Wanderson, porque “tem que ter alguma condução” é ele que “tá na mão”. O guarda tenta criar uma narrativa falsa, alegando que Wanderson investiu contra a guarnição.
Após ser liberado do atendimento médico, Wanderson foi conduzido à delegacia de flagrantes da Polícia Civil para prestar depoimento, lá ele ficou detido por horas, sem acesso a comida e a água, que só chegaram com os advogados do Sind-REDE. A guarda municipal segurou a apresentação da ocorrência até próximo das 20h. Só após tudo isso o professor foi liberado e pode voltar pra casa.