Em meio aos protestos do Dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência, convocado unificadamente pelas Centrais Sindicais brasileiras para esta quarta-feira (20/02), em São Paulo, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) apresentou sua proposta de Reforma ao Congresso Nacional.
O projeto, que foi entregue pessoalmente ao presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM), apresenta ataques como aumento da idade mínima para 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) e 40 anos de contribuição para atingir a integralidade do benefício.
Esses 2 pontos (idade mínima e tempo de contribuição) foram os mais atacados durante as falas dos representantes sindicais nos carros de som, que chamaram a reflexão sobre a inviabilidade da aposentadoria com a combinação da reforma da Previdência com a reforma Trabalhista, aprovada ainda em 2017. Já que o emprego com carteira assinada tem se tornado cada vez mais raro.
Junto ao ato do Dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência, as centrais sindicais também convocaram a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, que visa programar os próximos passos da luta contra a Reforma de Jair Bolsonaro.
A diretoria do Sind-REDE/BH alerta que nesse momento, com o projeto já está apresentado, se faz urgente a apresentação de um calendário ofensivo de lutas, por parte das Centrais Sindicais. É necessário que os dirigentes das sindicais e de movimentos populares arregacem as mangas e preparem uma Greve Geral para barra essa proposta, assim como foi feito com a reforma de Temer.
Os manifestantes reunidos na Praça da Sé, também aproveitaram a oportunidade para realizar protestos bem humorados contra o presidente da República. Com uma clara referência à crise das candidaturas “laranjas” do PSL, as organizações Sindicais distribuíram laranjas para os presentes.
Além do ato unificado em São Paulo, o Dia Nacional de Luta também foi marcado por diversas manifestações simultâneas em todo o país. Em Belo Horizonte o ato aconteceu na Praça 7.
