Boletim da Assembleia de Greve dos Trabalhadores em Educação Concursados do dia 22/03

Acesse os informes e pauta da Assembleia de Greve dos trabalhadores em Educação do dia 22/03 na Praça da Estação.

INFORMES:

1. Negociação (5 minutos) – Pedro

2. AAEs (3 minutos) – Andrea

3. Jovem Empreendedores/Escola Feliz/Academia do Cérebro (5 minutos) – Bárbara

4. Terceirizados (3 minutos) – Helbert

5. Coletivo Trabalhadores com Deficiência (3 minutos) – Rosmary

6. Coletivo Professoras e Professores Aposentados (3 minutos)

7. Reunião dos Diretores de Escolas (3 minutos) – Diana


PAUTA:

Campanha Salarial 2023

A pauta da campanha salarial se encontra no Jornal Boletim da Rede, Edição 159.

Avaliação (10 minutos) – Wanderson

ENCAMINHAMENTOS:

1. Aceite da Proposta x Rejeição da Proposta

2. Greve x Não Greve

CALENDÁRIOS:

Em caso de passar o ACEITE da proposta

22/03, às 14h – Audiência Pública “59 anos da Ditadura” – Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)

27/03, às 13h30 – Ato em defesa da Paridade – Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH)

28/03, às 09h – Plenária de Representantes dos Assistentes Administrativos Educacionais (AAEs) – Sind-REDE/BH

31/03 – Ato Ditadura Nunca Mais

10/04, às 14h – Plenária de Professoras e Professores Aposentados da REDE – Sind-REDE/BH

11/04 – Reunião com Direções de Escola

12/04, às 08h30 e 14h – Plenária de Representantes dos Trabalhadores em Educação Concursados

14/04, às 19h – Plenária Virtual de Representantes dos Trabalhadores em Educação Concursados EJA

19/04 – Audiência Pública sobre a aplicação da Lei do Piso para AAEs – Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH)

26/04 – Assembleia dos Trabalhadores em Educação Concursados e Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação

Em caso de passar a REJEIÇÃO da proposta e a NÃO GREVE

22/03, às 14h – Audiência Pública “59 anos da Ditadura” – Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)

27/03, às 13h30 – Ato em defesa da Paridade – Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH)

28/03, às 09h – Plenária de Representantes dos Assistentes Administrativos Educacionais (AAEs) – Sind-REDE/BH

31/03 – Ato Ditadura Nunca Mais

10/04, às 14h – Plenária de Professoras e Professores Aposentados da REDE – Sind-REDE/BH

11/04 – Reunião com Direções de Escola

12/04, às 08h30 e 14h – Plenária de Representantes dos Trabalhadores em Educação Concursados

14/04, às 19h – Plenária Virtual de Representantes dos Trabalhadores em Educação Concursados EJA

18/04 – Assembleia Geral dos Trabalhadores em Educação Concursados (com indicativo de greve)

19/04 – Audiência Pública sobre a aplicação da Lei do Piso para AAEs – Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).

Se passar a REJEIÇÃO da proposta e a continuidade da GREVE

22/03, às 14h – Comando de Greve – Sind-REDE/BH

23 e 24/03 – Regionais de Greve

27/03, às 09h – Comando de Greve – Sind-REDE/BH

 às 14h – Assembleia de Greve dos Trabalhadores em Educação Concursados

LULA, REVOGUE A REFORMA DO ENSINO MÉDIO, JÁ! NOVO ENSINO MÉDIO AUMENTA A PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO E A DESIGUALDADE NA REDE PÚBLICA

Projeto apoiado por Instituições Privadas só será derrotado com muita pressão popular

O Novo Ensino Médio (NEM), aprovado no Governo Temer e implementado em redes estaduais e municipais do país durante o Governo Bolsonaro, é rechaçado pela ampla maioria dos especialistas, pesquisadores e entidades ligadas à educação pública de todo o país. Apesar disso, o projeto não protagonizou o debate sobre a revogação do governo Lula.

Os críticos do NEM acusam que onde o modelo foi implementado houve um aumento da privatização do ensino, com aumento da atuação de OSCs nas escolas públicas, aumento do ensino a distância e empobrecimento da grade curricular, o que gerou também precarização do trabalho e do ensino, além do aumento da desigualdade entre diferentes instituições da educação pública.

Por outro lado, o projeto já contou com declarações de apoio diretas do vice-presidente Geraldo Alckmin e é fortemente apoiado por movimentos empresariais como o “Todos Pela Educação”, composto por entidades como a Fundação Lemann. O movimento participou da equipe de transição do novo governo, compondo a pasta de Educação e permanece influenciando diretamente o MEC de Camilo Santana.

O ponto chave do NEM é a implementação definitiva da lógica neoliberal na Educação Pública, cujo objetivo é formar trabalhadores acríticos, com um ensino cada vez mais tecnicizante, para um mercado de trabalho não regulamentado. O projeto tira a autonomia e protagonismo dos trabalhadores em educação na elaboração pedagógica e passa esse papel às entidades privadas. Com isso, também é reduzido o investimento na valorização profissional e o incentivo à formação continuada (carreira), direcionando cada vez mais recursos aos institutos e organizações privadas para a criação de métodos, apostilas, aplicativos e até mesmo de matérias de ensino profissionalizante estranhos ao ensino médio.

No estado de São Paulo, onde o NEM vem sendo aplicado desde 2016, estudantes se queixam que o programa aumentou a desigualdade no acesso ao ensino superior, pois matérias cobradas no Enem são excluídas da grade curricular. História, Sociologia, Filosofia, Biologia,

Química e Física têm sido substituídas por oficinas como “Empreendedorismo”, “Orientação de estudos”, “O que rola por aí”, “Mundo Pets SA”, “Arte de Morar”, “RPG” e até mesmo “Brigadeiro Caseiro”.

Além disso, o aumento da carga horária, a divisão de turmas e a falta de investimento em infraestrutura tem gerado problemas graves nas escolas. O problema da nova base curricular comum se intensifica em cidades menores, que possuem ainda menos recursos para a implementação de mudanças tão drásticas.

REVOGA LULA: O NEM É UM PROJETO AUTORITÁRIO E DE DESMONTE DA EDUCAÇÃO

No início do mês, o ministro da Educação Camilo Santana anunciou a criação de grupos de trabalho para “corrigir distorções” do Novo Ensino Médio. Santana afirma que o grande problema do NEM foi a falta de diálogo com os setores da educação e considera que este grupo de trabalho pode resolver o desastre, sem precisar revogar o programa.

Para o Sind-REDE, o problema está em reduzir o Ensino Médio a um campo profissionalizante e tecnicista.

Por isso, o Sindicato reivindica que o novo governo revogue o programa para construir um novo modelo de ensino/aprendizagem. Um projeto que seja construído em diálogo com os trabalhadores, estudantes, comunidade escolar e toda a sociedade, mas não só isso. É preciso defender um programa de educação sólido, que leve em consideração as especificidades locais, que trate as desigualdades e potencialidades com a individualidade necessária, que seja crítico e emancipador e que dê oportunidade para que os filhos da classe trabalhadora possam concorrer de igual para igual com os estudantes das escolas particulares.

Para que isso aconteça, é preciso primeiramente valorizar os trabalhadores em educação e aumentar o investimento direto nas escolas, com uma educação verdadeiramente integral. Mas conquistas como essa dependem de unificação e independência da luta direta dos trabalhadores, sem qualquer ilusão sob qualquer governo.

IMPLEMENTAÇÃO DO NEM PELO GOVERNO ZEMA, EM MINAS GERAIS

O estado de Minas Gerais iniciou a implementação do Novo Ensino Médio em 2022, o plano do governo Zema (Novo) é que ela seja concluída completamente até 2024.

Em 2022, todas as 2.432 unidades escolares da Rede Estadual de ensino de Minas iniciaram a implementação para estudantes do 1° ano. Em 2023, foi iniciada com todas as turmas do 2º ano. Já em 2024, a expectativa é de que alunos do 1º, 2º e 3º anos estejam inseridos no novo modelo de ensino.

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) realiza a sua 4° Plenária Intercongressual

Sind-REDE/BH esteve presente nos dias 17 a 19/3, em Brasília, houve a realização da 4° Plenária Intercongressual da CNTE. O evento ocorre entre os congressos da entidade para atualização da análise da conjuntura, em como o plano de lutas para o período. Houve a presença de mais de mil participantes de todo o Brasil, representando as suas entidades sindicais. O Sind-REDE/BH esteve presente enquanto observador (por não sermos entidade filiada a confederação). Pelo Sind-REDE/BH participaram os diretores: Diego Miranda, Flávia Silvestre, Pedro Valadares e Luiz Bitencourt. A campanha pela revogação do Novo Ensino Médio foi a resolução central do evento dentre outras aprovadas, as quais encaminharemos posteriormente. Foi aprovado um calendário de lutas, que convoca a todas e todos os trabalhadores em educação para uma greve nacional pelo piso nacional para o dia 26/4, segue abaixo. Dentro dos limites sobre o debate político, consideramos que este foi um evento importante para a organização dos trabalhadores em educação do país, no sentido de fortalecimento das lutas.

Proposta para o Plano de Lutas

• 20 de março a 23 de Abril – Organização da 24ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública e Coleta de assinaturas de Parlamentares ao Manifesto da CNTE pela Revogação do “novo” Ensino Médio.

• Dia 24 de abril: Entrega dos Manifestos no MEC sobre a Revogação do NEM e Pelas Diretrizes da Carreira. Com a presença forte de parlamentares dos Estados.

• Dia 26/04 – Greve Nacional da Educação pela aplicação do reajuste do piso no salário inicial e na carreira para os/as Profissionais da Educação e pela revogação do NEM.

• Dia 28 de abril: Live Nacional pela revogação do Programa Escola Cívico Militares. • 1° de Maio: Nas ruas pelos direitos da classe trabalhadora.

• 11 de Agosto: Nos Estados – Dia dos/as Estudantes.

• Dia 7 de setembro: Grito dos/as Excluídos/as.

• 05 de Outubro: Dia Mundial do Docente – Marcha da Educação em Brasília.