Aconteceu ontem (04/12), na Câmara Municipal de Belo Horizonte, uma audiência pública sobre o fim da escala 6×1 e a redução da jornada de trabalho. O evento reuniu vereadores, representantes do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT) e diversas entidades sindicais, como o Sind-REDE/BH, Sindibel, Sindicato dos Comerciários de Belo Horizonte e Região (SECBHR), SINTAPPI-MG, ANDES-SN e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios e Alimentação de São Paulo (STILASP) — protagonistas da recente greve da PepsiCo pelo fim da escala 6×1.
Durante o encontro, foram debatidos temas como o adoecimento dos trabalhadores, os impactos da jornada semanal de 44 horas na qualidade de vida e os desafios enfrentados pela escala de trabalho 6×1.
Em sua intervenção, o Sind-REDE/BH ressaltou a importância da união entre diferentes categorias e movimentos para fortalecer a luta pela redução da jornada de trabalho. A entidade destacou a campanha salarial dos trabalhadores terceirizados da educação junto à Prefeitura e à MGS, que busca reduzir a jornada para 30 horas semanais, sem diminuição salarial.
Encaminhamentos definidos:
- Negociações com a PBH: Proposta de abrir mesas de negociação entre sindicatos representativos, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e empresas prestadoras de serviços, para debater o fim da escala 6×1 no serviço público da cidade.
- Projeto de Lei: Sugestão de construir um PL que reduza a jornada máxima na Prefeitura e modifique a escala de trabalho em empresas contratadas e serviços da MGS.
- Grupo de Trabalho (GT): Formação de um GT para analisar a realidade laboral da cidade, identificar setores que operam em regime 6×1 e avaliar as condições de trabalho.
- Solicitação de dados: Reforço do pedido do Sind-REDE/BH à PBH e à MGS para obter informações sobre adoecimentos, número de trabalhadores com deficiência, entre outros dados relevantes.
