Trabalhadores da MGS denunciam que estão sendo remanejados de escolas por tirarem licenças médicas

Mudanças de lotação injustificáveis acontecem mesmo quando os trabalhadores já estão há anos na mesma escola.

Nos últimos meses, o Sind-REDE/BH tem recebido diversas denúncias sobre uma prática abusiva da MGS, empresa responsável pela contratação de trabalhadores terceirizados das escolas municipais de Belo Horizonte.

Conforme relatos de trabalhadores terceirizados, a MGS tem adotado uma política de remanejamento automático para aqueles que, por razões de saúde, precisam se afastar temporariamente do trabalho. A medida tem sido aplicada inclusive em casos de afastamentos curtos, desencadeando um clima de insegurança e medo entre os funcionários.

Segundo os trabalhadores, após voltarem das licenças médicas, eles são encaminhados para lotações diferentes, muitas vezes distantes de suas casas, criando um mecanismo que, na prática, funciona como uma forma de punição. Ao invés de receberem o apoio necessário para uma recuperação plena, esses profissionais enfrentam uma realidade de incertezas e deslocamentos forçados, que aumentam ainda mais o estresse e a insegurança no ambiente de trabalho.

Para o Sind-REDE/BH, essa postura é inaceitável e demonstra a forma assediosa como a MGS trata seus trabalhadores. Para a diretoria do Sindicato, a saúde do trabalhador deveria ser prioridade, e qualquer medida que iniba o direito ao cuidado médico configura assédio. A Entidade considera que a política sistemática de remanejamento de trabalhadores em caso de licença médica acaba servindo como uma estratégia de intimidação, forçando os trabalhadores a escolher entre cuidar de sua saúde ou preservar seu vínculo com a unidade escolar em que atuam. Esse cenário leva muitos a evitarem a licença, preferindo comparecer ao trabalho mesmo adoentados, o que gera consequências diretas para o bem-estar do trabalhador, a qualidade do atendimento e até a segurança da comunidade escolar.

Os trabalhadores terceirizados da educação, que já enfrentam condições precárias e baixos salários, agora convivem com o receio constante de que a utilização de seus direitos trabalhistas resulte em retaliação. Essa situação reforça o ciclo de exploração e desvalorização desses trabalhadores, impactando também as Escolas e Emeis que dependem de sua atuação cotidiana.

O Sind-REDE/BH exige que a MGS interrompa imediatamente essa política de remanejamento arbitrário e adote práticas de respeito e cuidado com os trabalhadores terceirizados. Tal prática também demonstra o descaso da SMED com o segmento e suas demandas. É preciso que a Secretaria e a Prefeitura se posicionem a respeito, cobrando a empresa por sua postura autoritária e injustificada.