Trabalhadores em educação terceirizados da Rede Pública Municipal de Ensino de Belo Horizonte foram surpreendidos com a convocação da MGS para comparecer à empresa hoje (23/01). Segundo a MGS, seria para tratar da situação funcional, lá foram comunicados sobre o fim do contrato de trabalho.
A empresa alega que esses trabalhadores não foram aprovados em processos seletivos realizados pela MGS. A maioria esmagadora desses trabalhadores, no entanto, possuem muito tempo de experiência na função que exercem e, um vínculo com a comunidade escolar em que está inserido.
São centenas de trabalhadores que não irão cumprir o aviso prévio e, pior, não receberão sequer o seguro desemprego, o qual alega a empresa, eles não têm direito. A maioria mães e pais de família que em um contexto de alto índice de desemprego estarão sujeitos a todo tipo de dificuldade, fome, despejo e carestia.
Demissões atingem toda a comunidade escolar
Do ponto de vista do contexto escolar a demissão de tantos profissionais, a maioria deles apoio ao educando, trará muitos problemas. Ainda mais nesse momento de início do ano letivo. A substituição desses trabalhadores não garante a continuidade do trabalho, muito menos as relações sociais estabelecidas, tão caras para os alunos, pais e outros profissionais.
O Sind-REDE/BH já enviou ofício solicitando um diálogo com o Ministério Público, Prefeitura de Belo Horizonte e MGS para que as demissões sejam suspensas. É preciso pensar em uma solução que não prejudique tantas famílias. É urgente reverter essa política que desconsidera a realidade do país, a realidade das escolas e trará um grande prejuízo a toda a comunidade escolar.
A diretoria do Sind-REDE/BH esteve hoje na MGS e, após mobilização, foi agendada uma reunião com a diretoria da MGS para amanhã (24/01), às 14h30.
Diante disso, reivindicamos ao prefeito Fuad que como contratante desta empresa interfira nesse processo e inicie um diálogo com o Sindicato e a categoria.
