O dia 24 de julho representou mais um importante passo na luta contra Bolsonaro e seu governo. Segundo a lista divulgada pelo Comitê Fora Bolsonaro Nacional, o quarto grande ato contra o presidente aconteceu em 426 locais, marcando presença nas principais cidades de todos os estados brasileiros e em 15 países estrangeiros.
Em Belo Horizonte, o local escolhido para a concentração foi a Praça da Liberdade, já consolidada pelas manifestações contra o presidente. O ato seguiu pela av. Brasil por volta das 15h até a av. Afonso Pena e se encerrou às 17h30 na Praça Sete, marco zero da capital mineira.
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Entre as faixas, cartazes e palavras de ordem que pediam a saída do presidente e o fim de seu governo, muitos manifestantes denunciavam a criminosa gestão da pandemia que acarretou na morte de mais de meio milhão de brasileiros e a corrupção envolvendo a compra de vacinas superfaturadas. Os sindicatos também levantaram a bandeira de defesa dos serviços públicos, contra a reforma administrativa, em defesa de auxílio digno e dos empregos.
Assim como nas manifestações anteriores, houve um cuidado da organização para evitar grandes aglomerações, foram distribuídas PFF2 máscaras e ressaltada a necessidade de tomar todos os cuidados em meio à pandemia.
Confira algumas fotos do ato
Fotos por Diego Franco David/Sind-REDE /BH
As manifestações desgastam o governo, mas para derrubá-lo é preciso ir além
A vitoriosa iniciativa de convocar manifestações nacionais unificadas contra Bolsonaro tem gerado um grande desgaste em seu governo, diminuindo a sua popularidade de forma constante.
Mas, as dificuldades geradas pela Pandemia representam um entrave para que as manifestações cresçam ainda mais, já que muitos ativistas que discordam do Governo ainda não se sentem seguros para ir às ruas. Com isso, as grandes passeatas começam a apresentar uma certa desaceleração em sua dinâmica de crescimento.
Percebendo o seu desgaste, Bolsonaro tem leiloado cargos do governo ao Centrão, comprando o apoio do congresso contra uma possível aprovação de um dos mais de cem pedidos de impeachment. Para vencer Bolsonaro, os trabalhadores precisam assumir o protagonismo da luta contra o governo, através dos métodos próprios da classe como greves e paralisações.
A construção de uma Greve Geral deve voltar a agenda das centrais sindicais e movimentos sociais, pois só a paralisação dos setores produtivos poderá romper a blindagem de Bolsonaro no Congresso e derrotar as reformas ultraliberais que o governo tem conseguido aprovar com o apoio do legislativo.
Fortalecer a Greve Unificada do serviço público, rumo à Greve Geral
A organização de uma Greve Geral do funcionalismo público para derrotar a Reforma Administrativa passa a ter um valor estratégico fundamental na luta contra o governo.
O Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Serviço Público que acontecerá nos dias 29 e 30 de julho, de forma virtual, tem um papel central de organizar uma paralisação nacional do setor no dia 18 de agosto contra a reforma administrativa. Na ocasião também ocorrerão atos, paralisações, mobilizações nos locais de trabalho, panfletagens em terminais de transporte público e outras agitações.
A vitória desse movimento será fundamental para a construção de uma greve geral ampla da classe trabalhadora para derrotar de uma vez por todas o governo Bolsonaro.