O dia 15 de março entrou para a história como o dia em que a classe trabalhadora se levantou e disse um NÃO à Reforma da Previdência. Foi a maior greve registrada neste século, contando com manifestações de mais de 100 mil pessoas em BH e Rio e 200 mil em São Paulo. E os trabalhadores terceirizados não ficaram de fora dessa. Paramos junto com os professores, correios, metrô, CEMIG e dezenas de outras categorias, em BH e todo Brasil. É com essa unidade que vamos defender nosso direito a aposentar e botar o Temer para fora.
Mas a luta ainda não acabou e dia 28, dia que está previsto para a votação em 1° turno da reforma, teremos mais um dia de luta. Os trabalhadores do caixa escolar devem mais uma vez paralisar suas atividades e ir em peso para a assembleia do setor e para a manifestação.
A reforma da Previdência ataca sobretudo os trabalhadores terceirizados
Entre os trabalhadores terceirizados nas escolas temos uma grande quantidade de mulheres e homens negros. Considerando a situação do trabalhador negro, e sobretudo da mulher negra trabalhadora, percebemos que os salários são muito baixos e constantemente ocorrem mais demissões nesses postos de trabalho precarizados do que entre o restante dos trabalhadores.
Fica claro que esta tentativa de reforma da Previdência de Temer é racista quando o assunto é a respeito das trabalhadoras e trabalhadores negros, pois multiplicará a exclusão social e o custo de vida, dificultando ainda mais nossas vidas. Novamente, foram de fundamental importância as paralisações dos trabalhadores dos Caixas Escolares, pois esta reforma é mais uma ferramenta dos capitalistas para nos explorar e discriminar ainda mais.
ATO NA PORTA DA SMED PRESSIONA PELO AUMENTO DO SALÁRIO E DO TICKET ALIMENTAÇÃO
No mesmo dia em que demos nosso recado ao Temer, também fomos à Secretaria Municipal de Educação (SMED) exigir valorização do nosso trabalho e aumento com ganho real do salário e do ticket alimentação. Uma comissão foi recebida e saímos com o compromisso que a SMED iria estudar nossa pauta e, mais importante, que iria passar um recado para o Kalil: se não nos respeitar e aumentar salário e ticket é GREVE dos trabalhadores do caixa escolar. Cansamos de esperar, cansamos de ser desvalorizados, chegou a hora de soltar o grito e conquistar melhorias para nosso trabalho.
NEGOCIAÇÕES DA CAMPANHA SALARIAL 2017
Na próxima segunda-feira, dia 27, irá ocorrer mais uma reunião no Ministério do Trabalho e Emprego. Essa data foi combinada junto ao Procurador do Município, que se comprometeu em trazer uma resposta sobre nossa pauta de reivindicações.
Para discutir e debater as propostas apresentadas nessa reunião, convocamos os representantes dos trabalhadores do caixa escolar de cada escola e cada UMEI para uma reunião no dia 27 as 14h na sede do Sind-REDE/BH. E convocamos toda categoria a paralisar as atividades no dia 28 e participar da Assembleia dos Trabalhadores do Caixa Escolar às 14 h na Praça da Estação.
CALENDÁRIO DE LUTA:
27/03/17 – (segunda-feira) – 14h – Reunião de Representantes dos Trabalhadores do Caixa Escolar – Local: Sind-REDE/BH
28/03/17 (terça-feira) – 14h – Assembleia dos Trabalhadores do Caixa Escolar – Local: Praça da Assembleia Legislativa (próximo à Igreja) – PARALISAÇÃO TOTAL DAS ATIVIDADES.
Obs. Haverá ônibus saindo das regionais. A escola e UMEI interessada deve fazer o pedido pelo telefone: 3226-3142 até o dia 24/03, sexta feira.
CORTE DE PONTO NAS PARALISAÇÕES
Na reunião do dia 06 de março no Ministério do Trabalho e Emprego com a presença da prefeitura, de representantes legais de TODOS os caixas escolares de todas as escolas e UMEIs, ficou acertado o seguinte:
“1) os dias de paralisação que ocorrerem durante a negociação deverão ser negociados após término deste procedimento (já negociado que o próximo dia 08/03/2017, não haverá corte e será negociado entre as partes). ”
Isso quer dizer que todos os Caixas Escolares assumiram o compromisso de não cortar o dia 08 e de negociar outras paralisações. Dia 28 será mais uma paralisação durante as negociações e, portanto, deverá ter o dia negociado junto ao Sindicato. Orientamos e solicitamos às direções que não efetuem o corte de ponto também desse dia a fim de facilitar negociações futuras. Porém se alguma direção optar pelo corte do dia 28 de março, isso será obrigatoriamente negociado no fim do processo de campanha salarial na qual será feita a negociação de pagamento desse dia e reembolso do valor descontado.
Dissídio 2014-2015
Alguns Caixas Escolares entraram com recurso sobre a decisão do dissídio que garante aumento de salário e ticket retroativo a 2014. Com isso, o processo vai para Brasília e não tem previsão de quando será julgado. Teremos que aguardar novas informações ao longo dos próximos meses.
