Em assembleia realizada em 22 de abril de 2021 os trabalhadores terceirizados das Escolas Municipais de Belo Horizonte discutiram amplamente sobre a convocação para retorno às aulas presenciais que irá começar pela Educação Infantil. O protocolo enviado pela SMED para acolhimento dos alunos foi visto como sem nenhuma possibilidade de aplicação, principalmente para as crianças na faixa de idade de 0 a 3 anos, visto que essas crianças demandam um atendimento com muito contato físico.
Diante da situação de absoluta falta de critérios de proteção e por estarmos vivendo o pior momento da pandemia no Estado de Minas Gerais e no Brasil, com as UTI’s superlotadas, pessoas aguardando leito, falta de insumos e tantos outros problemas advindos desse contexto pandêmico, a assembleia discorda do momento para retorno ao trabalho presencial sem vacinação ampla.
Em nova assembleia, realizada no dia 27 de abril, a categoria votou pela paralisação das atividades no dia 03 de maio.
A categoria dos trabalhadores terceirizados, sem nenhuma resposta para as demandas que estão sendo apresentadas desde o início da pandemia, votou os seguintes itens de luta:
- Vacinação ampla de toda a população.
- Contra o retorno presencial das aulas sem controle da pandemia e vacinação de todos os trabalhadores em educação.
- Garantia de afastamento do trabalho presencial dos colegas do grupo de risco.
- Garantia de EPI’s de qualidade e com entrega imediata.
- Contra as demissões na MGS.
Outros pontos discutidos e votados na assembleia do dia 22 de abril
Campanha Salarial
Também foi discutida a campanha salarial 2021 e, diante da negativa da PBH e MGS em estudar e melhorar os salários já no segundo ano consecutivo, sem nenhum aumento, a categoria decidiu por votação de ampla maioria, enviar a pauta para dissídio.
Caixa Escolar
Como já é do conhecimento da categoria, os Caixa Escolares têm seguido a mesma linha dos terceirizados pela MGS, por isso a Campanha Salarial também será enviada à Dissídio (ação judicial).
Garantia do Emprego
A MGS abriu novo processo seletivo para cumprir o número de vagas acordado em 2018, porém vem demitindo funcionários aos poucos. Sabemos que há um número por volta de 4.000 funcionários que já estão nas escolas há muitos anos e que não passaram no processo anterior que correm o risco de ficar desempregados em plena pandemia.
Exigimos que o Prefeito Kalil sustente a promessa da garantia de emprego, dita para não dar aumento de salário, e que aguarde o prazo máximo já marcado no Ministério do Trabalho e Emprego que é julho de 2023.
Calendário
- Paralisação total no dia 03 de MAIO, data prevista para recebimento dos primeiros alunos.
- Ato de denúncia na porta da Prefeitura e MGS dia 03/05, das 9h às 10 horas.
- Agendamento de nova assembleia para o dia 06/05, às 19 horas.
Corte de Ponto
Em toda greve ou paralisação sempre lutamos pelo não corte do dia e assim o faremos novamente, mas a MGS e os Caixas Escolares podem efetuar o corte do dia e o não pagamento do ticket do mesmo dia.