Trabalhadores terceirizados da educação protestam na SMED por negociação

Cerca de 500 trabalhadores em greve cobram reunião com o secretário Bruno Barral e denunciam condições precárias de trabalho

Na manhã desta terça-feira (25/02), trabalhadores em educação terceirizados da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte realizaram um ato em frente à Secretaria Municipal de Educação (SMED), cobrando uma reunião com o secretário de Educação, Bruno Barral. O protesto ocorre no segundo dia da greve da categoria e reuniu cerca de 500 trabalhadores, que exigem melhorias na proposta salárial, melhores condições de trabalho e reconhecimento por parte do governo Fuad/Damião.

O protesto teve o protagonismo dos trabalhadores do Programa Escola integrada, contratados por meio das Caixas Escolares, que são financiados com recursos diretos da Secretaria Municipal de Educação. Em declaração recente, o secretário Bruno Barral afirmou que todas as questões trabalhistas são de responsabilidade da MGS, ignorando o fato de que as Caixas Escolares ainda são utilizados para a contratação de pessoal. O comentário gerou revolta entre os trabalhadores.

O Sind-REDE/BH reforça que a responsabilidade pela gestão da Rede Municipal de Educação é da SMED e que a Prefeitura deve assumir seu papel na garantia dos direitos desses trabalhadores. “A precarização do trabalho na educação impacta diretamente nossos estudantes. A Prefeitura precisa parar de se omitir e abrir negociação com a categoria. Afinal, é ela que determina o valor do contrato, seja com as Caixas Escolares, seja com a MGS”, declarou um representante do Sindicato.

A greve dos terceirizados continua, e a mobilização deve se intensificar nos próximos dias caso o governo municipal não atenda às reivindicações. O Sind-REDE/BH segue mobilizado, com um acampamento montado em frente à Prefeitura para pressionar a gestão municipal por respostas concretas.

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