O Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro/MG) comunicou nesta sexta-feira, 19/03, a gerência geral da Refinaria Gabriel Passos (Regap) sobre a realização de greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (22/03).
Segundo os petroleiros, o objetivo do movimento é defender a vida e os direitos da categoria, pauta que ganhou ainda mais importância diante dos aumentos de mortes por Covid-19 e o descaso da empresa em respeitar as medidas de segurança para conter a contaminação dentro da unidade.
Os sindicalistas também alegam falta de interesse da empresa em relação as negociações iniciadas no mês passado. Segundo os petroleiros, a diretoria da Petrobrás havia sinalizado disposição de negociar após a ameaça de greve no dia 28 de fevereiro, porém por não avançar na pauta, a categoria decidiu dar continuidade ao chamado de greve.
Reivindicações dos petroleiros
- Recomposição de efetivo;
- Retorno ao número mínimo anterior ao O&M;
- Manutenção das atividades executadas por trabalhadores próprios – Fim da terceirização das atribuições e tarefas inerentes aos cargos do quadro de trabalhadores próprios da Petrobrás;
- Minuta da tabela de turno;
- Não alteração de THM durante parada de manutenção;
- Realização de periódicos durante a jornada de trabalho;
- Anulação das punições aplicadas à trabalhadores em razão a participação da greve de fevereiro de 2020;
- Regulamentação do teletrabalho;
- Reembolso das horas indevidamente descontadas em janeiro 2021 em descumprimento do acordo realizado no TST decorrente da greve de fevereiro de 2020;
- Falta de medidas adequadas de prevenção ao novo coronavírus em razão da aglomeração excessiva de trabalhadores próprios/terceirizados agravados pelas paradas de manutenção;
- Interrupção e estorno das cobranças abusivas realizada na AMS.
A diretoria colegiada do Sind-REDE/BH é solidária a greve dos petroleiros, que assim como os trabalhadores em Educação tem se mobilizado em defesa da vida e por condições sanitárias dignas para que o trabalho seja exercido com o mínimo de segurança neste contexto de aumento de casos da pandemia.
A greve se demonstra ainda mais importante em um contexto em que a empresa sofre grandes ataques do Governo Bolsonaro, com o avanço da privatização e uma política que subjuga a empresa aos interesses dos acionistas do mercado financeiro. Tal política faz com que a população seja submetida aos preços abusivos do gás de cozinha e combustível, ao mesmo tempo que os trabalhadores da empresa sofrem com cada vez mais cortes de direitos e desvalorização.