Todo apoio à greve de ocupação dos trabalhadores da Cemig

Confira a nota de apoio produzida pela diretoria do Sind-REDE/BH em apoio aos trabalhadores da Cemig

O Sind-REDE/BH vem a público manifestar todo o seu apoio e solidariedade aos trabalhadores eletricitários, em greve desde segunda-feira (29/11), que junto ao seu sindicato, o Sindieletro/MG, e movimentos sociais e de juventude ocuparam a Sede da Cemig, localizado no bairro Santo Agostinho, contra a política entreguista do governo Zema (Novo), que visa privatizar a empresa e contra o preço da tarifa da conta de luz.

A ocupação conta com a presença do MTST, MST, Frente Povo Sem Medo, Movimento dos atingidos pelas barragens (MAB), Afronte e Levante Popular da Juventude. Ainda na segunda-feira, a gestão da Cemig chegou a chamar a Polícia Militar, que levou o batalhão de choque ao local para realizar a reintegração, mas após negociação com o movimento os policiais se retiraram local e acompanham a ação pelo lado de fora.

Os manifestantes permanecem ocupados protestando contra os ataques do governo Zema aos direitos dos trabalhadores e à política implantada na Cemig para antecipar a privatização da empresa. Segundo o Sindieletro/MG, a estatal está sendo desmontada pelo governo para ser privatizada e é alvo de uma CPI na Assembleia Legislativa que aponta várias irregularidades cometidas pelos gestores indicados pelo governador, como remunerações milionárias para a alta cúpula e contratos com um “restaurante VIP” exclusivo para a diretoria, onde o preço de cada refeição pode chegar a R$350. Caso a privatização se concretize, isso pode acarretar em mais de 5 mil demissões e o aumento significativo do preço das tarifas de energia.

O movimento também pede a continuidade da CPI e defende o afastamento do presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, até que sejam concluídas as apurações. Os eletricitários estão em campanha salarial para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho e a gestão da empresa, indicada por Zema, não negociou a pauta dos trabalhadores. A contraproposta que apresentou retira direitos da categoria.


Com informações do Sindieletro/MG